Brasil melhora cobertura vacinal e deixa ranking negativo, segundo relatório do Unicef

Brasil melhora cobertura vacinal e deixa ranking negativo, segundo relatório do Unicef
Date: Jul 15, 2024

Image title: IOWA CITY, IA - AUGUST 11: Marisa Grunder, 27 of Wilton, Iowa, is given a shot during trials of an H1N1 vaccine, developed by CSL of Australia, at University of Iowa Health Care, the University's medical center, on August 11, 2009 in Iowa City, Iowa. The university's medical center is one of 8 trial sites across the nation conducting human studies on the new vaccine which is looking at optimal dosage levels for a variety of age groups. (Photo by David Greedy/Getty Images)
Image credit: David Greedy - 2009 Getty Images
Link: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2024/07/15/brasil-melhora-em-ranking-global-de-vacinacao-mas-coberturas-ainda-seguem-abaixo-da-meta.htm
Em novo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil saiu do ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas em 2023. No relatório de 2021, o país ocupava a sétima posição nesse ranking. Essa mudança positiva é resultado do avanço nas coberturas vacinais do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que vinham caindo desde 2016. Durante o período de 2019 a 2022, houve uma intensificação na queda dessas coberturas, devido à disseminação de questionamentos e desinformação sobre vacinas por parte do então presidente Jair Bolsonaro e apoiadores, principalmente no contexto da pandemia de CVOID-19. No entanto, a intensificação de campanhas pela vacinação e o perigo da volta de doenças graves, como Sarampo, Polio e Coqueluche fez a cobertura voltar a crescer. De acordo com o relatório da OMS e Unicef, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023 no Brasil. Enquanto isso, no mundo, esse número aumentou de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023. A cobertura vacinal da DTP no mundo ficou estagnada em 89%. Por outro lado, no Brasil, esse índice passou de 84% para 96%. A vacina DTP é usada como um marcador-chave para a cobertura global de imunização, pois é aplicada em todo o mundo como o primeiro imunizante em uma criança fora da maternidade. A melhora nas coberturas vacinais do Brasil ainda está abaixo da meta para a maioria das vacinas. Isso deve ao fato de que muitas pessoas ainda tem desconfianças sobre a segurança dos imunizantes. O relatório da OMS e Unicef também destaca o desempenho positivo dos países das Américas em relação à vacinação. Essa região foi a única a exceder os níveis de vacinação pré-pandemia de 2019, indicando uma aceleração considerável na recuperação. Os países americanos registraram um aumento na cobertura da primeira dose da vacina DTP, passando de 90% em 2022 para 91% em 2023. Além disso, a cobertura da terceira dose e da vacina contra o sarampo também apresentaram melhorias.

Date: Jul 15, 2024

Image title: IOWA CITY, IA - AUGUST 11: Marisa Grunder, 27 of Wilton, Iowa, is given a shot during trials of an H1N1 vaccine, developed by CSL of Australia, at University of Iowa Health Care, the University's medical center, on August 11, 2009 in Iowa City, Iowa. The university's medical center is one of 8 trial sites across the nation conducting human studies on the new vaccine which is looking at optimal dosage levels for a variety of age groups. (Photo by David Greedy/Getty Images)

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Em novo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil saiu do ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas em 2023. No relatório de 2021, o país ocupava a sétima posição nesse ranking. Essa mudança positiva é resultado do avanço nas coberturas vacinais do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que vinham caindo desde 2016.

Durante o período de 2019 a 2022, houve uma intensificação na queda dessas coberturas, devido à disseminação de questionamentos e desinformação sobre vacinas por parte do então presidente Jair Bolsonaro e apoiadores, principalmente no contexto da pandemia de CVOID-19. No entanto, a intensificação de campanhas pela vacinação e o perigo da volta de doenças graves, como Sarampo, Polio e Coqueluche fez a cobertura voltar a crescer.

De acordo com o relatório da OMS e Unicef, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023 no Brasil. Enquanto isso, no mundo, esse número aumentou de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.

A cobertura vacinal da DTP no mundo ficou estagnada em 89%. Por outro lado, no Brasil, esse índice passou de 84% para 96%. A vacina DTP é usada como um marcador-chave para a cobertura global de imunização, pois é aplicada em todo o mundo como o primeiro imunizante em uma criança fora da maternidade.

A melhora nas coberturas vacinais do Brasil ainda está abaixo da meta para a maioria das vacinas. Isso deve ao fato de que muitas pessoas ainda tem desconfianças sobre a segurança dos imunizantes.

O relatório da OMS e Unicef também destaca o desempenho positivo dos países das Américas em relação à vacinação. Essa região foi a única a exceder os níveis de vacinação pré-pandemia de 2019, indicando uma aceleração considerável na recuperação. Os países americanos registraram um aumento na cobertura da primeira dose da vacina DTP, passando de 90% em 2022 para 91% em 2023. Além disso, a cobertura da terceira dose e da vacina contra o sarampo também apresentaram melhorias.