Dezenas de famílias são impedidas de embarcar em cruzeiro no litoral de São Paulo

Dezenas de famílias foram surpreendidas ao serem impedidas de embarcar em um cruzeiro temático que partiria do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Com preços variando entre R$ 5 mil e R$ 12 mil, a viagem prometia apresentações de artistas consagrados dos anos 80, como Paulo Ricardo, Sandra de Sá, Double You, Jon Secada, entre outros. A empresa responsável pelo fretamento do navio alegou à polícia ter perdido o controle na venda das cabines, o que resultou em overbooking e na impossibilidade de cerca de 250 turistas embarcarem na quinta-feira. O caso foi registrado como estelionato e está sob investigação da Polícia Civil.

O navio Costa Pacifica havia sido fretado pela empresa On Board Entretenimento para realizar o cruzeiro temático 'Energia On Board', com destino a Angra dos Reis (RJ). A expectativa era de que 3.404 pessoas desembarcassem do cruzeiro para dar lugar a 1.953 novos passageiros na quinta-feira. No entanto, a situação em que se encontrava o terminal de passageiros resultou em atraso na partida do navio, que ocorreu apenas na madrugada de sexta-feira. O tumulto gerado no local exigiu a intervenção das polícias Civil e Federal, além da equipe de segurança do terminal.

Segundo relatos, a On Board teria providenciado transporte e hospedagem em Santos para os turistas prejudicados. O sócio da empresa alegou que a venda das cabines fugiu de seu controle, mas afirmou não ter tido a intenção de prejudicar os clientes e se comprometeu a ressarci-los. A Costa Cruzeiros, em nota, lamentou o ocorrido e apontou que aproximadamente 100 hóspedes não conseguiram embarcar no cruzeiro. A empresa aconselhou os interessados a entrarem em contato com o afretador responsável pelo evento para obter informações sobre o reembolso e esclarecimentos adicionais.

Muitos dos passageiros afirmaram não ter recebido os vouchers necessários para o embarque, apesar de terem adquirido suas cabines pela internet. A situação se tornou caótica para centenas de pessoas, vindas de diversos estados do país, que enfrentaram horas de espera no terminal marítimo sem receber as devidas orientações e assistência.

A Polícia Civil continua investigando o caso e trabalhando para identificar as vítimas que foram prejudicadas pela situação. A empresa não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido, enquanto a Costa Cruzeiros informou ter feito o possível para garantir o cumprimento dos protocolos de segurança para o embarque dos passageiros.