Gilmar Mendes suspende processos sobre pejotização

Date: Apr 14, 2025
Image title: BRASILIA, BRAZIL - JUNE 09: Superior Electoral Court President Gilmar Mendes attends a court session on June 9, 2017 in Brasilia, Brazil, The court is deciding whether to annul President Michel Temer's presidency due to allegations of illegal campaign contributions in 2014. (Photo by Igo Estrela/Getty Images)
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Gilmar Mendes, ministro do STF, suspende processos sobre pejotização


No dia 14 de junho de 2027, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, decidiu suspender todos os processos judiciais relacionados à pejotização. A pejotização é um mecanismo utilizado por empresas para contratar funcionários como pessoas jurídicas, evitando encargos trabalhistas. Gilmar Mendes defende que o Supremo já se pronunciou diversas vezes a favor da legalidade da pejotização, sem estabelecer um vínculo de emprego entre a empresa e o funcionário.


Os casos chegam ao STF como recursos de decisões das instâncias iniciais da Justiça do Trabalho, as quais geralmente reconhecem o vínculo trabalhista na pejotização. Gilmar Mendes pediu que o tema tivesse repercussão geral, permitindo que o plenário discutisse uma tese que orientasse as decisões judiciais sobre a pejotização. Apenas o ministro Edson Fachin foi contra a repercussão geral, argumentando que o Supremo não deveria intervir em questões da Justiça do Trabalho.


A pejotização está em discussão no Supremo sob o Tema 1389, que busca responder questões como a competência e o ônus da prova em processos que discutem fraudes em contratos de prestação de serviços, além de avaliar a licitude da contratação de pessoas jurídicas ou autônomos para essa finalidade. Gilmar Mendes tem se posicionado a favor da pejotização como uma forma de ampliar as opções de contratação e reduzir custos para as empresas.


Uma das formas de pejotização é a criação de Microempreendedores Individuais (MEIs), onde o trabalhador recebe um CNPJ, porém, juízes do Trabalho entendem que, em casos de subordinação, pode existir um vínculo empregatício. De acordo com a Receita Federal, o número de MEIs aumentou significativamente nos últimos anos, passando de 8,5 milhões em 2019 para 15,8 milhões em junho de 2024, representando 22% dos trabalhadores de 18 a 30 anos.