Cidades brasileiras registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara |
| Date: Sep 4, 2024 |
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| Link: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/09/04/mais-de-200-cidades-no-brasil-tem-umidade-menor-ou-igual-a-verificada-em-desertos-como-o-saara-veja-lista.ghtml |
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Calor e seca extrema afetam a saúde e qualidade do ar no Brasil Com o avanço do mês de setembro, o país está enfrentando uma onda de calor intensa e uma seca extrema, resultando em condições desfavoráveis para a saúde e a qualidade do ar. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta terça-feira (3), ao menos 244 cidades registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara. E a previsão é de que nesta quarta-feira (4) os índices possam ser ainda piores. As altas temperaturas têm se intensificado, com máximas chegando a 40°C no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, interior de São Paulo e Minas Gerais. Especialistas estão debatendo se o Brasil é o país mais quente do mundo nesta semana. O calor extremo somado à seca prolongada resultou em níveis de umidade desérticos, com cidades brasileiras alcançando índices próximos aos registrados no deserto do Atacama, no Chile, o deserto mais seco do mundo. Segundo o Inmet, algumas cidades brasileiras chegaram a registrar uma umidade de apenas 7%, enquanto no deserto do Atacama a umidade era de 5%. No entanto, é importante ressaltar que os dados são provenientes das estações de monitoramento do Inmet, que não cobrem todos os municípios do Brasil. A situação é agravada pela estação seca e pela falta de chuva, que já dura mais de cem dias em muitas cidades. Essa combinação causa a evaporação da umidade, resultando em condições desfavoráveis para a saúde e o bem-estar das pessoas. O organismo humano necessita de uma faixa de umidade ideal, que varia entre 40% e 70%, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com níveis abaixo de 30%, já é considerado um alerta e podem ocorrer prejuízos para a saúde. O tempo seco pode levar a problemas respiratórios, como dores de cabeça, narinas e olhos ressecados, além de cansaço. Pessoas que já possuem doenças respiratórias, como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica, são ainda mais afetadas, com possibilidade de agravamento dos quadros. Diante dessa situação preocupante, os meteorologistas alertam que a situação pode piorar ainda mais nesta quarta-feira. A umidade tende a diminuir ao longo do dia, devido às altas temperaturas, e a previsão é de que os níveis de umidade sejam ainda mais baixos. O Inmet emitiu um aviso de sinal vermelho para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, onde a umidade deve ficar abaixo de 12%. Para o restante do país, há um alerta amarelo, com a umidade ficando em até 30%. Medidas de precaução são recomendadas para enfrentar essas condições climáticas adversas, como o uso de umidificadores de ar, ingestão adequada de líquidos, evitar exposição prolongada ao sol e ambientes muito quentes, além de utilizar roupas leves e proteger-se adequadamente. É fundamental que a população esteja atenta aos cuidados necessários para preservar sua saúde, especialmente aqueles que possuem problemas respiratórios. Além disso, é importante reforçar ações que visem a preservação do meio ambiente e a conscientização sobre a urgência de medidas efetivas para enfrentar as mudanças climáticas e reduzir os impactos do aquecimento global. |