Trump afirma que Lula pode ligar para ele a qualquer momento

Date: Aug 1, 2025
Image title: WASHINGTON, DC - JULY 30: U.S. President Donald Trump delivers remarks before signing legislation that would create a safety net for U.S. veterans and prevent them from potentially losing their homes in the Roosevelt Room of the White House on July 30, 2025 in Washington, DC. Trump signed the bill with members of Congress in attendance. (Photo by Anna Moneymaker/Getty Images)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode entrar em contato com ele "quando quiser". A declaração foi feita em resposta à jornalista Raquel Krähenbühl, da TV Globo, que perguntou sobre a possibilidade de diálogo entre os dois líderes.

Ao comentar a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros, Trump criticou a condução do governo brasileiro e afirmou que as pessoas no comando do país agiram de forma errada. Apesar disso, disse ter grande apreço pelo povo brasileiro e evitou antecipar possíveis medidas, afirmando apenas: "Vamos ver o que acontece".

Fontes do Itamaraty interpretaram as declarações como um gesto de abertura e indicaram que as peças estão se movimentando em direção a uma possível reaproximação. Ainda assim, ressaltaram que qualquer contato direto entre Lula e Trump exigiria preparação estratégica. O interesse de Lula em estabelecer diálogo com Trump foi mencionado por interlocutores no início da semana. Em entrevista ao jornal The New York Times, o presidente brasileiro reconheceu dificuldades para avançar na discussão sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Na quarta-feira, Trump oficializou a imposição da tarifa de 50% sobre determinados produtos brasileiros importados pelos EUA, com vigência prevista para 6 de agosto. De acordo com a Casa Branca, a medida foi motivada por práticas do governo brasileiro que, segundo a administração americana, prejudicaram empresas dos EUA, violaram a liberdade de expressão de cidadãos norte-americanos e comprometeram interesses estratégicos. Entre os pontos citados, estão decisões judiciais que, na visão dos Estados Unidos, afetaram empresas de tecnologia em temas como privacidade e censura.

A assinatura da ordem executiva coincidiu com a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Com a sanção, ele teve seus eventuais bens nos Estados Unidos bloqueados e está proibido de realizar transações com cidadãos e empresas americanas. Segundo o governo americano, as medidas respondem a ações que teriam afetado empresas e indivíduos dos EUA e configurariam violações de direitos humanos.