Economia dos EUA tem queda surpreendente no primeiro trimestre de 2024

Date: Apr 30, 2025
Image title: WASHINGTON, DC - APRIL 24: U.S. President Donald Trump talks to reporters during a meeting with Norway's Prime Minister Jonas Gahr Store in the Oval Office at the White House on April 24, 2025 in Washington, DC. The leaders are expected to discuss security, trade, NATO and the war in Ukraine. (Photo by Chip Somodevilla/Getty Images)
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A economia dos Estados Unidos apresentou uma queda de 0,3% em termos anualizados no primeiro trimestre de 2024, apontam dados preliminares do Departamento do Comércio dos EUA. Após um crescimento de 2,4% nos últimos três meses de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano mostrou um desempenho aquém do esperado pelos analistas. Essa redução foi influenciada, principalmente, pelo aumento significativo na importação de bens por empresas, visando evitar os custos mais altos das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump.

Economistas consultados pela Reuters haviam previsto um crescimento de 0,3% no PIB durante o período de janeiro a março, no entanto, os resultados mostram uma situação adversa. O déficit comercial de bens em março alcançou níveis recordes, devido à grande quantidade de importações realizadas para escapar dos custos extras das tarifas. A confiança do consumidor está próxima dos níveis mais baixos em cinco anos, enquanto o sentimento empresarial despencou, segundo informações da Reuters.

A gestão de Trump tem sido alvo de crescente desaprovação por parte dos americanos em relação à economia. O presidente, que completou cem dias no cargo, defende as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita, compensar cortes de impostos e impulsionar a economia dos EUA, que enfrenta um declínio prolongado. No entanto, as empresas expressam preocupações com os possíveis impactos negativos das tarifas, que devem elevar os custos para empresas e famílias.

Diante do cenário desafiador, Trump anunciou uma série de tarifas desde que assumiu o cargo, inicialmente direcionadas a países e produtos específicos. Recentemente, o presidente foi pressionado a rever sua política tarifária, assinando uma ordem para reduzir o impacto das tarifas sobre o setor automotivo. A medida foi anunciada durante sua visita a Michigan, importante polo da indústria automotiva dos EUA, e pouco antes da implementação de novas tarifas sobre peças automotivas importadas.