Motoboys realizam paralisação nacional por melhores condições de trabalho

Motoboys que prestam serviço para plataformas de entrega como iFood, 99, Uber e Rappi participam, nesta segunda-feira (31), de uma paralisação nacional para reivindicar melhores condições de trabalho. Os entregadores exigem um reajuste na taxa mínima das corridas, que não é alterada há três anos, além de pleitear pagamento mínimo por entrega e o fim das rotas duplas.

Os motoboys destacam que as grandes empresas de aplicativos lucram bilhões em cima dos trabalhadores, sem oferecer diálogo sobre reajustes. Durante uma manifestação na região central de Belo Horizonte, Vanessa Barbosa Muniz, que atua na plataforma há sete anos na capital mineira, ressaltou a necessidade de voz e respeito para a categoria. Após a mobilização na região central, os grupos seguirão para shoppings, redes de fast food e as sedes das empresas para pressionar por melhorias.

Além de participarem da manifestação, os motoboys realizam o "breque", paralisando as entregas como forma de protesto. A greve será mantida até o fechamento dos estabelecimentos e a mobilização continuará nos próximos dias. Os organizadores enfatizam que vão persistir com as pressões até que suas demandas sejam atendidas, criticando a mudança de percepção da categoria após o período inicial da pandemia.

Diferente da paralisação parcial de 2020, a manifestação deste ano ocorre de forma simultânea em diversas regiões do Brasil, com representação em Belo Horizonte e outras capitais. A Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais afirmou, em nota, estar acompanhando as reivindicações dos entregadores de aplicativos e se coloca à disposição para dialogar com a categoria. A entidade se comprometeu a manter contato com os representantes dos trabalhadores no estado para tratar das pautas do movimento.