"Sozinho no meio deles": ex-delegado assassinado vivia sem proteção

"Sozinho no meio deles": ex-delegado assassinado vivia sem proteção
Date: Sep 16, 2025
Link: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/09/16/tres-semanas-antes-de-ser-executado-ex-delegado-geral-de-sp-disse-temer-pela-propria-vida-tenho-protecao-de-quem.ghtml
Na noite de segunda-feira, Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, foi assassinado em Praia Grande. Fontes, aos 63 anos, estava aposentado da Polícia Civil e atuava como secretário de Administração do município desde janeiro de 2023. Em uma entrevista para um podcast ainda em produção, Fontes expressou preocupação com sua segurança na Baixada Santista, região conhecida como reduto do Primeiro Comando da Capital (PCC). O ex-delegado-geral afirmou que morava sozinho e não contava com proteção estatal, temendo as consequências dessa situação. Fontes foi o responsável por investigar e revelar a organização do PCC, sua estrutura hierárquica e dimensão logo após a formação da facção nos presídios de São Paulo. Durante sua carreira, conduziu inquéritos policiais que resultaram nas principais condenações de líderes do grupo criminoso, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Comandou divisões importantes da polícia paulista, como o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), além de ter sido delegado-geral entre 2019 e 2022. O crime ocorreu quando Fontes deixava o trabalho e dirigia seu carro em Praia Grande. Imagens do assassinato mostram seu veículo sendo perseguido e colidindo com um ônibus, seguido por homens armados saindo de outro automóvel e atirando contra a vítima. O atual delegado-geral, Artur Dian, declarou que, segundo informações preliminares, Fontes não demonstrava receio de estar sendo seguido, mas ressaltou a importância de analisar todas as imagens coletadas na região onde ocorreu o ataque. Após o ocorrido, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, informou que Fontes, excepcionalmente naquele dia, não estava utilizando seu veículo blindado comum. O ataque teve início em um cruzamento próximo à Prefeitura Municipal, onde a vítima trabalhava, destacando a proximidade do crime com o ambiente de trabalho de Fontes. A Polícia Civil segue investigando o caso, analisando as imagens das câmeras de segurança para esclarecer os detalhes da execução do ex-delegado-geral.

Date: Sep 16, 2025

Link: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/09/16/tres-semanas-antes-de-ser-executado-ex-delegado-geral-de-sp-disse-temer-pela-propria-vida-tenho-protecao-de-quem.ghtml

Na noite de segunda-feira, Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, foi assassinado em Praia Grande. Fontes, aos 63 anos, estava aposentado da Polícia Civil e atuava como secretário de Administração do município desde janeiro de 2023. Em uma entrevista para um podcast ainda em produção, Fontes expressou preocupação com sua segurança na Baixada Santista, região conhecida como reduto do Primeiro Comando da Capital (PCC). O ex-delegado-geral afirmou que morava sozinho e não contava com proteção estatal, temendo as consequências dessa situação.

Fontes foi o responsável por investigar e revelar a organização do PCC, sua estrutura hierárquica e dimensão logo após a formação da facção nos presídios de São Paulo. Durante sua carreira, conduziu inquéritos policiais que resultaram nas principais condenações de líderes do grupo criminoso, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Comandou divisões importantes da polícia paulista, como o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), além de ter sido delegado-geral entre 2019 e 2022.

O crime ocorreu quando Fontes deixava o trabalho e dirigia seu carro em Praia Grande. Imagens do assassinato mostram seu veículo sendo perseguido e colidindo com um ônibus, seguido por homens armados saindo de outro automóvel e atirando contra a vítima. O atual delegado-geral, Artur Dian, declarou que, segundo informações preliminares, Fontes não demonstrava receio de estar sendo seguido, mas ressaltou a importância de analisar todas as imagens coletadas na região onde ocorreu o ataque.

Após o ocorrido, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, informou que Fontes, excepcionalmente naquele dia, não estava utilizando seu veículo blindado comum. O ataque teve início em um cruzamento próximo à Prefeitura Municipal, onde a vítima trabalhava, destacando a proximidade do crime com o ambiente de trabalho de Fontes. A Polícia Civil segue investigando o caso, analisando as imagens das câmeras de segurança para esclarecer os detalhes da execução do ex-delegado-geral.