Televisão aberta ainda é essencial nos domicílios brasileiros, revela pesquisa do IBGE |
| Date: Jul 31, 2025 |
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| Image title: LONDON - JANUARY 27: In this photo illustration two young child watch television at home, January 27, 2005 in London, England. (Photo Illustration by Peter Macdiarmid/Getty Images) |
| Image credit: Peter Macdiarmid - Getty Images |
| Link: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mauriciostycer/2025/07/renda-de-quem-usa-streaming-e-mais-que-o-dobro-de-quem-nao-tem.shtml |
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De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a presença da televisão aberta nos lares do Brasil permanece alta, atingindo 93,9% dos domicílios. A pesquisa revelou que 86,5% dos lares com televisão possuem acesso a sinal analógico ou digital por meio de antena convencional, demonstrando que a transformação digital na forma de consumir conteúdo audiovisual ainda é gradual no país. Apesar da popularidade da televisão aberta, a Pnad apontou uma redução no consumo de TV por assinatura, com apenas 24,3% dos lares tendo acesso a esse serviço em 2024, representando 18,3 milhões de domicílios. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que menos de 10 milhões de domicílios no Brasil são assinantes pagantes desse serviço, destacando a queda nesse segmento. A pesquisa também destaca a relevância econômica no acesso a diferentes tipos de conteúdos audiovisuais. Aqueles domicílios com serviço de TV por assinatura apresentaram um rendimento médio mensal per capita de R$ 3.415, valor significativamente superior aos R$ 1.671 observados nos lares sem esse tipo de serviço. Já os domicílios com acesso a serviço pago de streaming de vídeo registraram um rendimento médio de R$ 2.950, enquanto os que não têm acesso a esse serviço possuem uma média de renda mensal per capita de R$ 1.390. Ainda segundo a pesquisa, 31% dos entrevistados apontaram o custo como uma razão para não aderir ao serviço de TV por assinatura, enquanto 58,4% declararam falta de interesse. Por outro lado, o serviço pago de streaming apresentou um pequeno crescimento, com 32,7 milhões de domicílios tendo acesso a essa modalidade em 2024, representando um aumento de 1,5 milhão em relação ao ano anterior. O percentual de lares com acesso a streaming pago e televisão subiu de 42,1% em 2023 para 43,4% em 2024. Mesmo com a ascensão do streaming pago, 8,2% dos lares com esse serviço não possuem mais acesso à TV aberta nem à TV por assinatura, dependendo exclusivamente do streaming pago para consumir conteúdo audiovisual. Os dados revelam a diversidade no consumo de mídia pelos brasileiros e a importância de políticas que visem garantir o acesso equitativo a diferentes formas de entretenimento e informação. |