General Braga Netto é preso pela PF sob acusação de golpe de estado

Date: Dec 14, 2024
Image title: BRASILIA, BRAZIL - OCTOBER 05: Vice presidential candidate Braga Netto looks on during a press conference of President of Brazil and presidential candidate Jair Bolsonaro with elected senators and government base ahead of the presidential run-off at Alvorada Palace on October 5, 2022 in Brasilia, Brazil. Bolsonaro will compete against Luiz Inácio Lula da Silva in the presidential runoff on October 30, 2022. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
Image credit: Andressa Anholete - 2022 Getty Images
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General Walter Souza Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil e da Defesa do governo de Bolsonaro, foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro neste sábado (14). Ele é acusado de envolvimento no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de estado. O general deverá ficar sob custódia do Exército em Brasília, após a expedição de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Braga Netto é um dos personagens centrais do relatório da Operação Contragolpe, citado 98 vezes no documento de 884 páginas. O general, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 35 acusados, foi indiciado após a investigação que aponta sua participação em um plano que tinha como objetivo a abolição do estado democrático de direito, um golpe de Estado e a formação de uma organização criminosa.


As acusações contra Braga Netto incluem o planejamento e aprovação de um plano para assassinar o presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, ele teria liderado um grupo que planejava uma intervenção militar. A defesa do general, no entanto, nega qualquer envolvimento em tentativas de golpe ou planos para assassinar qualquer pessoa.


A Polícia Federal também realizou buscas na casa do ex-ministro, assim como em residências de outros envolvidos. A investigação sobre a tentativa de golpe teve início no ano passado e ganhou destaque após a prisão de militares e um policial federal acusados de planejar a morte de Lula, Alckmin e Moraes. A conclusão do inquérito aponta para uma organização criminosa que atuou de forma coordenada visando manter Bolsonaro no poder após a eleição de 2022.