Suspeito de matar estudante da USP foi executado pelo 'tribunal do crime'

Um suspeito de matar a estudante Bruna Oliveira, de 28 anos, em São Paulo, foi encontrado morto, supostamente executado pelo "tribunal do crime" da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo informações da polícia. O corpo de Esteliano José Madureira foi localizado enrolado em lonas, com sinais de agressão e ferimentos de arma de fogo, na região de Paraisópolis, zona sul da capital paulista.

A prática do "tribunal do crime" vem se tornando cada vez mais comum, e a polícia segue investigando o caso para confirmar se o suspeito do homicídio de Bruna foi de fato julgado e executado pela facção criminosa. Segundo informações, os julgamentos realizados por esses grupos consistem em uma espécie de investigação, incluindo análise de provas, relatos e possíveis testemunhas, culminando muitas vezes na aplicação da pena de morte.

Crimes como roubo à organização criminosa, tráfico de drogas sem autorização e delitos sexuais são considerados inaceitáveis por essas organizações, que possuem uma composição predominantemente masculina e demonstram repúdio a atos violentos contra mulheres. Os especialistas em segurança pública ressaltam que o surgimento do "tribunal do crime" foi observado em São Paulo, sendo comandado de dentro dos presídios, o que fortalece o poder das facções e contribui para o distanciamento da polícia em relação às comunidades periféricas.