Aumento de casos de coqueluche preocupa autoridades de saúde |
| Date: Dec 19, 2024 |
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| Image title: Bronchite: sintomi, antony sy fanasitranana - Emergency Live |
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| Link: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2024/12/19/casos-de-coqueluche-aumentam-vacinacao-e-prevencao.htm |
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Autoridades de saúde do Brasil estão preocupadas com o aumento significativo de casos de coqueluche no país. Até novembro deste ano, mais de 4.300 casos da doença foram registrados, em comparação com os 214 contabilizados durante o ano de 2023 inteiro. Esse crescimento surpreendente é atribuído a fatores como imunidade limitada, cobertura vacinal abaixo da meta e alta transmissibilidade da doença, que também está em ascensão em nível global. O aumento de casos de coqueluche não é exclusivo do Brasil. Países da Europa e da Ásia também registraram picos da doença este ano. Em um boletim epidemiológico divulgado pela União Europeia, foram notificados 32.037 casos em ao menos 17 países, entre 1º de janeiro e 31 de março. Já na China, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças registrou 32.380 casos e 13 óbitos. Segundo especialistas, é comum que o aumento de casos em determinadas regiões seja seguido por surtos em outras partes do mundo. No Brasil, os estados de São Paulo e Paraná são os mais afetados pela doença até o momento, com 1.049 e 1.767 casos confirmados, respectivamente. A faixa etária mais atingida em 2024 é a de 10 a 14 anos, com 1.066 casos registrados. A coqueluche é uma doença que, geralmente, afeta bebês menores de 1 ano de idade, sendo este o segundo grupo mais atingido, com 720 casos confirmados. Os especialistas alertam que a imunidade conferida pela infecção anterior pela bactéria Bordetella pertussis não é duradoura, tornando as pessoas suscetíveis a novas contaminações. Além disso, a eficácia da vacina contra a coqueluche tem um tempo limitado, geralmente entre cinco a sete anos. O Calendário Nacional de Vacinação prevê a aplicação de vacinas, a pentavalente e a DTP, que protegem contra a coqueluche e outras doenças. A primeira deve ser aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida do bebê, mais dois reforços da DTP aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Adultos devem tomar a DTP a cada dez anos. Com a interrupção de programas de vacinação durante a pandemia de covid-19, no entanto, houve lacunas na imunidade coletiva, contribuindo para o aumento de casos da doença. |