Agosto tem deflação de 0,02% puxada por alimentos e energia elétrica |
Date: Sep 10, 2024 |
Image title: SCUNTHORPE, ENGLAND - JULY 29: Wind turbines generate power and pylons carry electricity near the Keadby Power Station on July 29, 2024 in Scunthorpe, England. For the British government to hit its ambitious target of a decarbonised power system by 2030, it has to reckon with long-standing delays for new wind and solar farms to connect to the electricity grid. (Photo by Christopher Furlong/Getty Images) |
Image credit: Christopher Furlong - 2024 Getty Images |
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, apresentou uma deflação de 0,02% no mês de agosto. Essa é a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou uma queda de 0,08%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (9). No acumulado do ano, a inflação chega a 2,85%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice registra um aumento de 4,24%. Esses números ficaram abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Reuters, que previam uma inflação quase estável em 0,01% e uma variação anual de 4,29% para o IPCA. De acordo com o IBGE, a menor taxa de inflação no mês de agosto foi impulsionada pelos preços da energia elétrica residencial e pelos alimentos e bebidas. André Almeida, gerente da pesquisa, destacou o impacto da mudança da bandeira tarifária da energia no grupo Habitação. Em agosto, a bandeira tarifária verde foi retomada, o que significa que não há cobrança adicional nas contas de luz, após uma mudança para a bandeira amarela em julho. No grupo de Alimentação e bebidas, foi observada uma queda de 0,44%, sendo que a alimentação no domicílio apresentou o segundo recuo consecutivo, com uma queda de 0,73% em agosto, após uma redução de 1,51% em julho. Os preços da batata inglesa, do tomate e da cebola registraram as maiores quedas, com percentuais de -19,04%, -16,89% e -16,85% respectivamente. Já o mamão, a banana-prata e o café moído foram os itens que tiveram maiores altas. No grupo Transportes, os preços ficaram estáveis em agosto, com movimentos opostos nos principais subitens. Enquanto o gás veicular, a gasolina e o óleo diesel tiveram aumentos, o etanol apresentou uma queda de 0,18%. Além disso, as passagens aéreas tiveram uma redução de preços de 4,93%, o que pode ser explicado pelo movimento contrário ao observado em julho, um mês de férias escolares, quando a demanda por passagens aéreas é maior devido às viagens familiares. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é utilizado para medir a inflação das famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, registrou uma queda de 0,14% em agosto. No acumulado do ano, a alta é de 2,80% e nos últimos 12 meses, de 3,71%, abaixo dos 4,06% dos 12 meses anteriores. Regionalmente, a cidade de Vitória registrou a maior alta, com 0,13%, devido à taxa de água e esgoto, enquanto São Luís teve a menor variação, com -0,58%, influenciada pela queda nos preços do tomate e da energia elétrica residencial. |