Israel rejeita reconhecimento do Estado palestino por países ocidentais

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou uma mensagem aos líderes do Reino Unido, Canadá e Austrália, que reconheceram o Estado palestino. Netanyahu afirmou que não permitirá a criação de um Estado palestino a oeste do Rio Jordão e que seu governo intensificará a colonização judaica na Cisjordânia ocupada em resposta a essas ações.

Netanyahu enfatizou o compromisso de seu governo em vetar a formação do Estado palestino, mencionando a duplicação dos assentamentos judaicos na região da Judeia e Samaria, como Israel chama a Cisjordânia. Ele prometeu uma resposta às decisões dos países ocidentais na próxima semana, após sua viagem aos Estados Unidos para participar da 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova York e se encontrar com o presidente Donald Trump.

Antes da declaração de Netanyahu, o governo israelense já havia manifestado a rejeição ao reconhecimento unilateral do Estado palestino pelo Reino Unido e outros países, alegando que tal medida não promove a paz e desestabiliza a região. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que a iniciativa mina as chances de um acordo pacífico futuro e recompensa os ataques realizados pelo grupo Hamas em outubro de 2023.

Em paralelo, a França e a Arábia Saudita organizaram uma conferência sobre a solução dos dois Estados, na qual Paris deve formalizar o reconhecimento do Estado palestino, juntamente com Bélgica, Malta, Luxemburgo, Andorra e San Marino. Os países que reconheceram o Estado palestino enfrentam a oposição de Israel, que alega que tal ação recompensa o terrorismo e prejudica as possibilidades de paz na região.