Assassino de gari confessa crime

O empresário Renê Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou ter matado o gari Laudemir Fernandes, de 44 anos, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. Segundo fontes ligadas à investigação, a confissão ocorreu durante depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) nesta segunda-feira, 18 de outubro. As autoridades policiais confirmaram oficialmente a informação. Renê relatou que atirou contra Laudemir durante uma discussão de trânsito e admitiu ter cometido o crime de homicídio, alegando ter usado a arma da esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, pela primeira vez sem consentimento dela.

Renê Nogueira Júnior foi preso dias após o incidente, que resultou na morte de Laudemir. Segundo testemunhas, o empresário ameaçou a motorista do caminhão de lixo porque queria ultrapassar a rua onde o veículo estava estacionado. Os colegas de Laudemir tentaram intervir após a ameaça, mas o empresário efetuou disparos, atingindo o gari. O promotor Guilherme de Sá Meneghin argumentou que Renê foi identificado como o autor dos tiros, usando a arma da esposa, o que configura responsabilidade compartilhada entre o casal.

O Ministério Público de Minas Gerais solicitou o bloqueio de bens no valor de R$ 3 milhões de Renê Nogueira Júnior e de sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, como medida preventiva para garantir a indenização devida à família de Laudemir. A Polícia Civil informou que em breve serão divulgadas mais informações sobre o caso em andamento. De acordo com a mulher que dirigia o caminhão de lixo no momento do ocorrido, Renê exigiu passagem com seu veículo, provocando a discussão que resultou na tragédia.

Laudemir foi socorrido pela Polícia Militar e encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A prefeitura de Belo Horizonte, por meio de uma empresa terceirizada de limpeza, assegurou estar prestando apoio à família do gari. A arma utilizada no crime pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino, que agora é investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil devido a possíveis falhas na guarda do armamento. A Justiça converteu a prisão de Renê Nogueira Júnior em preventiva, e ele foi transferido para o Presídio de Caeté.