Israel aceita proposta de cessar-fogo com o Hamas mediada pelos EUA

Uma nova proposta de cessar-fogo entre Israel e Hamas foi apresentada com o objetivo de interromper temporariamente as hostilidades e viabilizar trocas humanitárias. O plano prevê a libertação de 10 reféns israelenses vivos e 18 corpos de reféns já falecidos, vítimas de ações do Hamas, em troca da soltura de 125 prisioneiros palestinos — incluindo detentos que cumprem penas de prisão perpétua — e de 1.111 moradores de Gaza detidos desde o início do atual conflito. As negociações para um cessar-fogo permanente teriam início já no primeiro dia da trégua de 60 dias proposta.

O Hamas, por sua vez, afirmou que a nova proposta não atende às exigências fundamentais de seu povo, como o fim imediato das hostilidades e da crise humanitária em Gaza. O grupo militante declarou estar analisando o texto “com toda a responsabilidade nacional”, mas ressaltou que ele não oferece garantias de um fim definitivo para o conflito. Ainda assim, caso o acordo avance, metade dos reféns e prisioneiros seria libertada no primeiro dia da trégua, e a outra metade sete dias depois.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou às famílias dos reféns que aceitou a proposta mediada pelos Estados Unidos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o enviado especial Witkoff e o presidente Trump apresentaram oficialmente a proposta ao Hamas, com o apoio de Israel. Segundo o plano, a ajuda humanitária começaria a chegar imediatamente a Gaza após o início da pausa nas hostilidades, encerrando um bloqueio israelense de 11 semanas.

Estados Unidos, Egito e Catar se comprometeriam a garantir o cumprimento do acordo. No entanto, o Hamas condiciona sua aceitação a exigências adicionais, como a continuidade das negociações por um acordo permanente e a retirada das tropas israelenses para posições específicas. Apesar dos avanços diplomáticos, a incerteza quanto a um desfecho definitivo do conflito ainda paira sobre as tratativas.