Ser educado com chatbots aumenta gasto de energia, diz CEO do ChatGPT |
Date: Apr 22, 2025 |
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Image title: TOKYO, JAPAN - FEBRUARY 3: Open AI CEO Sam Altman speaks during a talk session with SoftBank Group CEO Masayoshi Son at an event titled "Transforming Business through AI" in Tokyo, Japan, on February 03, 2025. SoftBank and OpenAI announced that they have agreed a partnership to set up a joint venture for artificial intelligence services in Japan today. (Photo by Tomohiro Ohsumi/Getty Images) |
Image credit: Tomohiro Ohsumi - 2025 Getty Images |
Link: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/04/22/obrigado-por-favor-chatgpt.htm |
O CEO da OpenAI, Sam Altman, revelou que ser educado ao interagir com chatbots, como o ChatGPT, pode representar um custo significativo para a empresa. Em resposta a uma pergunta feita por um usuário chamado Tomie sobre os custos de eletricidade envolvidos na cortesia dos usuários, Altman afirmou que dezenas de milhões de dólares são gastos com essas interações, que envolvem expressões como "por favor" e "obrigada". A conversa ocorreu em meados de abril, com o executivo enfatizando a importância de se considerar como as interações educadas impactam financeiramente a empresa. Os chatbots, como o ChatGPT, demandam grandes estruturas computacionais que ficam em datacenters, resultando em um alto consumo de energia. Estima-se que para a redação de um pequeno parágrafo, o chatbot necessite de 0,14 kWh de energia, equivalente a 14 lâmpadas LED ligadas por uma hora. Além do gasto de eletricidade, os datacenters também consomem água para refrigeração, chegando a utilizar 500 ml de água a cada 20 ou 30 comandos executados pelo ChatGPT. A cortesia na interação com chatbots desempenha um papel fundamental na qualidade das respostas geradas. Kurtir Beavers, diretor de design da Microsoft para o Copilot, parceira da OpenAI, destaca que o tom educado influencia o comportamento dos modelos de linguagem de grande escala, como o ChatGPT. Esses modelos foram treinados para emular interações humanas, respondendo de forma mais colaborativa e respeitosa quando identificam solicitações educadas. Estudo conduzido pela Universidade de Cornell, nos EUA, mostra que pedidos mal-educados podem prejudicar o desempenho dos chatbots, resultando em erros, enviesamento forte e omissão de informações. Por outro lado, o excesso de educação nem sempre contribui para uma resposta eficiente. Em alguns casos, chatbots produzem respostas longas e desnecessárias ao receber pedidos excessivamente polidos. A discussão sobre os custos associados à educação dos chatbots, como mencionado por Sam Altman, levanta reflexões não só sobre a forma como as interações influenciam diretamente nos recursos e na eficácia dessas tecnologias, mas na invisibilidade do consumo de energia necessário para que cada pergunta seja respondida. |