Novo medicamento para insônia aprovado pela Anvisa promete reduzir dependência

Date: Sep 17, 2025
Image title: SYDNEY, AUSTRALIA - JANUARY 01: A couple sleep on the sand at Bondi Beach on January 01, 2020 in Sydney, Australia. New Years's Eve celebrations went ahead in Sydney despite Australia's bushfire crisis continuing, with The New South Wales fire commission saying it is the worst fire season on record in the state. (Photo by Jenny Evans/Getty Images)
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Recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento lemborexante, vendido sob o nome comercial de Dayvigo, promete oferecer uma alternativa inovadora para lidar com as noites em claro. Desenvolvido pela farmacêutica japonesa Eisai, o remédio atua no cérebro de forma diferente das drogas atualmente disponíveis, o que se acredita gerar menos casos de dependência.


O lemborexante foi aprovado nos Estados Unidos em 2019 e agora chega ao Brasil como uma esperança para os pacientes que sofrem de insônia crônica. Com uma dose recomendada de 5 mg, a medicação deve ser ingerida no máximo uma vez por noite, alguns minutos antes de se deitar. É importante respeitar um intervalo de pelo menos 7 horas antes do horário planejado para acordar. Segundo a Anvisa, a dose pode ser aumentada para 10 mg conforme a resposta clínica e a tolerabilidade do paciente, mas a aprovação se restringe apenas a adultos.


A necessidade de uma nova alternativa no tratamento da insônia se torna evidente devido aos riscos associados aos medicamentos tradicionais, como os benzodiazepínicos, que são amplamente utilizados, mas podem causar dependência e efeitos colaterais a longo prazo. Nesse contexto, o lemborexante surge como uma promessa de perfil mais favorável, com menor risco de dependência e efeitos adversos, de acordo com especialistas consultados.


A Associação Brasileira do Sono (ABS) destaca que aproximadamente duas em cada três pessoas no país enfrentam dificuldades para dormir. Apesar disso, os especialistas ressaltam que o tratamento inicial da insônia não deve envolver medicamentos, mas sim mudanças de hábitos e a adoção de práticas saudáveis, como a prática de atividades físicas, evitando estímulos noturnos, como telas e cafeína, além de ajustes na higiene do sono.