Brasil decide ingressar na Opep+ em meio a críticas de ambientalistas

Date: Feb 18, 2025
Image title: NEW ORLEANS - APRIL 28: An oil rig near the Deepwater Horizon wellhead in the Gulf of Mexico on April 28, 2010 near New Orleans, Louisiana. An estimated leak of 1,000-5,000 barrels of oil a day are still leaking into the gulf. (Photo by Chris Graythen/Getty Images)
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O Brasil vai aceitar o convite da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e ingressar na Opep+. A sigla "Opep+" engloba países aliados que colaboram em questões relacionadas ao comércio de petróleo e mediação entre membros e não membros do cartel. Ao entrar nesse grupo, o Brasil passa a fazer parte de um fórum de discussão estratégica entre os produtores de petróleo.


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a adesão à Opep+ não deve ser motivo de vergonha para o Brasil, que é também um produtor de petróleo. O país se junta a 13 grandes nações ofertantes de óleo, como Arábia Saudita, Irã e Venezuela, que compõem a Opep. Além desses países, a Opep+ conta com outros aliados que, embora não façam parte oficialmente da organização, colaboram em determinadas políticas internacionais do setor.


Apesar da decisão, ambientalistas como Camila Jardim, representante do Greenpeace Brasil, criticaram a adesão do Brasil à Opep+, questionando o impacto desta movimentação em relação à liderança climática do país. Com a proximidade da realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), os ativistas alertam que a entrada na Opep+ pode sinalizar uma postura contrária às práticas sustentáveis necessárias no combate ao aquecimento global.


Pablo Nava, especialista em transição energética do Greenpeace Brasil, ressaltou a importância de desenvolver novas estratégias em relação à exploração de petróleo, indicando que o foco deve ser na transição para fontes de energia mais limpas. Por sua vez, o ministro Alexandre Silveira rebateu as críticas de ambientalistas, argumentando que participar de fóruns de discussão sobre transição energética não necessariamente entra em contradição com o compromisso ambiental.