Feijão pode ter aumento de até 30% no preço devido ao clima seco |
Date: Sep 24, 2024 |
![]() |
Image title: PLANTAS CULTIVOS E CUIDADOS DO MUNDO TODO: feijão |
Image credit: bing.com - plantasfloreseespeciesdomundotodo.blogspot.com |
Link: https://agroemcampo.ig.com.br/2024/preco-do-feijao-deve-subir-ate-30-com-calor-e-tempo-seco/ |
Preço do Feijão Deve Subir Até 30% devido ao Clima Seco, Alerta IBRAFE Segundo o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), o clima seco e as altas temperaturas previstas para os próximos meses devem impactar os preços do feijão, levando a um aumento de até 30%. A previsão é que essa elevação seja sentida já a partir de outubro, resultando da redução na oferta do produto. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, alertou que, apesar dos estoques atuais ainda não refletirem os efeitos climáticos, a situação deve mudar em breve. Os preços devem subir significativamente nos supermercados e no varejo no final de outubro e ao longo de novembro. Embora a recente colheita da terceira safra de feijão tenha mantido os preços estáveis, problemas climáticos estão se manifestando, especialmente no Paraná, maior produtor de feijão do país. A seca atrasou o plantio no estado, e a perspectiva é que a situação se agrave nas próximas semanas devido à menor chance de geadas. O ritmo de semeadura está abaixo do normal dos anos anteriores, o que impactará na produção. Para 2024, espera-se um aumento de 22% na área plantada com feijão na primeira safra, podendo atingir 131 mil hectares e colher 251 mil toneladas, um incremento de 57% em relação a 2023. O aumento na área plantada está sendo impulsionado pelos preços atrativos do feijão preto, que fechou agosto com uma média de R$ 236,83 por saca, representando um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em setembro, o valor chegou a ultrapassar os R$ 300,00 em algumas regiões. Apesar da expectativa de maior oferta em dezembro, os preços devem permanecer elevados até a concretização da colheita. As exportações também contribuem para a pressão nos preços, com o mercado nacional focado no feijão carioca, apesar da queda de 13% nos preços nos últimos 12 meses, limitando a expansão da área destinada a essa variedade. A expectativa é que a colheita de feijão comece a aumentar no final deste ano, porém os preços devem cair significativamente apenas em abril de 2024. Marcelo Lüders ressalta que pode haver um pequeno alívio em janeiro, mas uma redução mais consistente é esperada somente em abril ou maio do próximo ano. Ele também destaca a importância da ampliação das áreas irrigadas para garantir uma produção mais estável e atender à crescente demanda interna do mercado. Esse movimento é essencial para evitar possíveis problemas futuros de oferta e para manter o abastecimento, tendo em vista as dificuldades de importar feijão para suprir a demanda nacional. |