Presidente da Câmara dos Deputados veta Eduardo Bolsonaro como líder da minoria

Date: Sep 23, 2025
Image title: PIRASSUNUNGA, BRAZIL - DECEMBER 04: Federal Deputy Eduardo Bolsonaro looks on during a swearing-in ceremony for new air force cadets on December 4, 2020 in Pirassununga, Brazil. The ceremony is considered the most important of the year at AFA (Brazilian Air Force Academy) and marks the end of the four years of aviation, stewardship and infantry courses. (Photo by Rodrigo Paiva/Getty Images)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta terça-feira (23) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não ocupará mais o posto de líder da minoria na Casa. A posição antes era ocupada por Caroline de Toni (PL-SC). Com o veto, de Toni poderá retornar ao cargo de líder da minoria, a menos que a oposição decida indicar outro nome.


A mudança na liderança da minoria era vista como uma tentativa da oposição de garantir a permanência de Eduardo Bolsonaro no mandato. Como líder, o deputado estaria dispensado de justificar suas ausências na Câmara dos Deputados, mesmo estando atualmente nos Estados Unidos desde o início do ano. Um parlamentar não pode ter mais do que 1/3 de ausências não justificadas em sessões deliberativas. O deputado do PL acumulava, no começo do mês de setembro, mais da metade: 18 faltas em 32 sessões. Eduardo solicitou um afastamento de 120 dias por questões pessoais e saúde, mas desde o dia 20 de julho acumula faltas sem justificativa.


Para evitar a perda do mandato, o deputado enviou um pedido para exercer suas funções remotamente, aguardando uma resposta de Hugo Motta. Enquanto isso, o nome de Caroline de Toni segue sendo listado como líder da minoria no site oficial da Câmara dos Deputados.


Além da possível perda de mandato, Eduardo foi denunciado nesta segunda-feira (22) pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por tentativa de coação ao STF no curso de processo judicial. A acusação aponta que ele atuou para interferir no processo sobre a tentativa de golpe de Estado, no qual seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.