Parlamentares de oposição liberam plenário do Senado após dois dias de ocupação

Os parlamentares de oposição anunciaram, nesta quinta-feira (7), a liberação do plenário do Senado Federal após dois dias de ocupação. O senador Rogério Marinho, líder da Oposição na Casa, informou que estavam se retirando da Mesa do Senado para permitir que os trabalhos fluíssem normalmente. Foi marcada uma sessão virtual para as 11h, a qual poderia tornar-se presencial, conforme a decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

A ocupação da oposição aconteceu tanto no Senado quanto na Câmara, após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A promessa dos deputados e senadores era obstruir a pauta do Congresso Nacional até que os presidentes da Câmara e do Senado dialogassem sobre a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e sobre projetos "anti-STF".

Durante a coletiva de imprensa, Rogério Marinho destacou que o pedido de impeachment de Moraes atingiu as 41 assinaturas necessárias para ser apresentado. O senador ressaltou a importância de discutir pautas de interesse comum, independentemente de questões ideológicas. Ele agradeceu o apoio da população e enfatizou que a vida continua e o Brasil sairá vencedor no final.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, havia agendado a sessão deliberativa para as 11h de forma remota, visando garantir o funcionamento da Casa e evitar a paralisação da pauta legislativa. Com a liberação do plenário, a Oposição se comprometeu a participar dos debates e das pautas que interessam ao Brasil. A ocupação das mesas diretoras das duas Casas foi considerada um gesto extraordinário, respaldado pelo apoio da população brasileira.