Aumento nos preços do café nos EUA reflete impacto das tarifas de Trump

De acordo com o índice de preços ao consumidor divulgado pelo BLS dos EUA, os preços do café subiram 20,9% nos primeiros oito meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, representando o maior aumento desde a década de 1990. Em agosto, o preço do café teve um acréscimo de 3,6%. A política comercial volátil do presidente americano tem causado um aumento significativo nos custos de importação de produtos, impactando diretamente o bolso dos consumidores.

Empresas de café nos EUA têm lidado com as tarifas de Trump, que incluem uma sobretaxa de 10% nas importações de grãos de café verde. O Brasil e o Vietnã, importantes países produtores, não foram poupados das tarifas. O Brasil, um dos maiores produtores globais, não entrou na lista de exceção à sobretaxa de 50% imposta por Trump. As dificuldades na oferta global do café, causadas por secas no Vietnã e no Brasil, também têm contribuído para o aumento dos custos dos grãos.

Diante das tarifas severas impostas sobre alguns países produtores de café, torrefações e cafeterias nos Estados Unidos têm sido forçadas a repassar o aumento de custos para os clientes. Muitas empresas tentaram absorver os custos iniciais das tarifas, mas com as tarifas altas em vigor, não têm mais conseguido manter os preços baixos. A Corvo Coffee, em Nova York, por exemplo, aumentou o preço de uma xícara de café filtrado de US$ 2,50 para US$ 3,75, citando o aumento de custos e tarifas como justificativa em uma nota aos clientes.

A decisão de aumentar os preços do café tem sido uma tendência frequente entre as cafeterias e torrefações nos EUA, conforme o impacto das tarifas de Trump se faz sentir no setor. O Brasil, Vietnã e Indonésia estão entre os países que enfrentaram tarifas significativas sobre suas exportações de café, o que tem contribuído para o aumento dos custos para empresas e consumidores. O cenário mostra como a política comercial dos EUA tem afetado não apenas a economia global, mas também o dia a dia dos consumidores americanos, refletindo-se nos preços do café, um produto presente na rotina de muitas pessoas.