Delegada casada com assassino confesso de gari é afastada para tratamento |
| Date: Aug 27, 2025 |
| Link: https://extra.globo.com/brasil/noticia/2025/08/delegada-casada-com-assassino-confesso-de-gari-em-bh-e-afastada-das-funcoes-para-tratamento-de-saude.ghtml |
|
A delegada Ana Paula Balbino Nogueira foi afastada de suas funções na Polícia Civil de Minas Gerais por um período de 60 dias. A licença para a investigadora teve início em 13 de agosto, conforme publicação no Diário Oficial do estado no último sábado. O afastamento ocorre após seu marido, René Nogueira Júnior, ter sido preso por atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte. O empresário admitiu à polícia ter usado a arma da esposa sem o conhecimento dela e confessou o crime, atribuindo a morte da vítima a um suposto "acidente". O Ministério Público de Minas Gerais solicitou a responsabilização solidária de Ana Paula Balbino, mesmo com René a eximindo de culpa no delito. O MP argumenta que a arma utilizada no crime pertencia à delegada, e o carro que o acusado dirigia no momento do ocorrido estava registrado em nome dela. Além disso, a Promotoria destacou o padrão de vida e a capacidade financeira do casal, sugerindo o potencial para arcar com uma indenização significativa aos familiares da vítima. Uma perícia confirmou que a pistola calibre .380 utilizada no crime era de propriedade de Ana Paula. A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um procedimento disciplinar para apurar a conduta da delegada no caso, embora não haja indícios de sua participação no assassinato. Enquanto isso, o MP defende que a investigadora responda solidariamente, considerando a posse da arma utilizada, e solicitou o bloqueio de bens do casal no valor de R$3 milhões como garantia para uma eventual compensação aos familiares da vítima. A defesa da família de Laudemir justificou o pedido de bloqueio de bens com base no comportamento do acusado, seus relatos contraditórios e o impacto causado à subsistência dos parentes da vítima. A advogada de René Balbino alegou, ainda, que o delito evidencia a extrema periculosidade do agente e comprometeu não apenas a vida da vítima, mas também de seus entes próximos. Agora, a investigação segue em andamento para esclarecer os desdobramentos do trágico acontecimento em Belo Horizonte. |