Uma academia em Copacabana, onde Dayane de Jesus, de 22 anos, faleceu enquanto realizava exercícios, divulgou um comunicado na quinta-feira à noite para informar a retomada das atividades na sexta-feira. O comunicado gerou polêmica ao ironizar profissionais e clientes que se manifestaram durante o fechamento temporário do estabelecimento. O amigo da família, Raphael D'Ávila, relatou que a mãe de Dayane, Rose de Jesus, se sentiu incomodada com o teor do texto, que foi interpretado como deboche. Dayane foi sepultada nesta sexta-feira.
Segundo testemunhas, Dayane estava treinando por volta das 19h da última terça-feira quando passou mal, caiu no chão e foi socorrida por outro aluno, que seria médico. A academia, localizada em Copacabana, foi interditada pela Polícia Civil no dia seguinte. De acordo com as investigações da 12ª DP, não havia desfibrilador no local, e a direção descumpriu normas administrativas de socorro na unidade.
O fato chamou a atenção das autoridades para a importância do equipamento em locais esportivos. Uma lei municipal do Rio, aprovada em 2022, tornou obrigatório a presença de pelo menos um desfibrilador em academias para auxiliar em casos de emergência, responsabilizando os estabelecimentos por garantir a capacitação das equipes no uso do equipamento. Anteriormente, somente centros de treinamento deveriam possuir um desfibrilador, conforme a legislação estadual de 2021.
A investigação sobre a morte de Dayane está em andamento, com a necessidade de um laudo complementar do Instituto Médico-Legal para esclarecer a causa do falecimento. Agentes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária e da Polícia Civil estiveram no estabelecimento para realizar uma vistoria, sendo que a academia apresentou um desfibrilador recém-adquirido e teve a interdição revogada.
A academia em Copacabana gerou controvérsias ao publicar um comunicado ironizando profissionais e clientes que se manifestaram durante o fechamento temporário após a morte de Dayane. A atitude foi criticada pelo amigo da família, Raphael D'Ávila, que considerou desrespeitosa a forma como a situação foi abordada. A academia também foi acusada de não prestar apoio à família da vítima, evidenciando a falta de empatia da direção diante da tragédia. |