Soldado revela que Israel usou civis como escudos humanos em Gaza |
Date: Oct 24, 2024 |
Image title: METULA, ISRAEL - OCTOBER 15: A soldier inspect a house that was damaged by missile fired by Hezbollah during a media tour to the village on October 15, 2024 in Metula, Israel. The Israel Defense Forces (IDF) led members of the media on a tour into the closed military zone at Metula, Israel's northernmost point along the border with Lebanon, which has seen heavy rocket fire. The war between Israel and Hezbollah has entered a new phase as Israel has launched a ground offensive in southern Lebanon and escalated its aerial campaign there. Meanwhile, Hezbollah has continued firing rockets into northern Israel, a regular occurrence since Oct. 7 of last year, when the Iran-backed militant group said it was attacking Israel in solidarity with Hamas in Gaza. (Photo by Amir Levy/Getty Images) |
Image credit: Amir Levy - 2024 Getty Images |
Link: https://cnnportugal.iol.pt/guerra/israel/e-melhor-que-sejam-os-palestinianos-a-explodir-soldado-das-idf-admite-israel-utilizou-civis-como-escudos-humanos-em-gaza/20241024/671a368ed34e94b82906a7a2 |
Um soldado das Forças de Defesa de Israel (IDF) confessou que as tropas israelenses usaram civis palestinos como escudos humanos em Gaza. De acordo com o militar e cinco antigos detidos, os palestinos foram forçados a entrar em casas e túneis que pudessem ter armadilhas para proteger os soldados israelenses de possíveis perigos. O soldado testemunhou que a sua unidade tinha ordens para utilizar prisioneiros palestinos como escudos humanos a fim de explorar locais perigosos, prática conhecida como "Protocolo do mosquito". A prática, que ocorreu em diferentes áreas de Gaza, foi confrontada pelo soldado e seus colegas após dois dias de recusa em continuar com a ação. Em entrevista à CNN, o soldado revelou que um oficial dos serviços secretos apresentou dois detidos palestinos, um jovem de 16 anos e um homem de 20, como membros do Hamas, ordenando que fossem usados como escudos humanos. As diretrizes das IDF proíbem estritamente o uso de civis detidos em Gaza em operações militares, conforme declarado pelo exército israelense à CNN. Além disso, o direito internacional proíbe a utilização de civis para proteger atividades militares ou envolver forçosamente civis em operações de guerra. Os prisioneiros foram libertados após a intervenção do comandante da unidade, que coloca em dúvida seu status como combatentes do Hamas. Relatos de antigos detidos palestinos confirmam a prática de utilização de civis como escudos humanos pelas tropas israelenses. Um jovem de 17 anos contou que foi levado em cativeiro após soldados israelenses terem matado seu pai e sua irmã durante uma busca em sua casa em Khan Younis. Outro relato descreve um médico deslocado que foi forçado a inspecionar edifícios em busca de militantes e armadilhas, sob ameaça dos tanques israelenses. Apesar de todos os civis utilizados como escudos humanos terem sido posteriormente libertados, o soldado denunciante lamentou que a prática tenha sido retomada por outros soldados após sua saída de Gaza. A denúncia chegou à CNN através da organização não-governamental Breaking the Silence [Rompendo o Silêncio, em tradução livre], que proporciona um fórum para os soldados israelenses falarem sobre suas experiências em combate e verifica os seus testemunhos. A Suprema Corte de Israel proibiu em 2005 a adoção pelas IDF de práticas como "Protocolo do mosquito", depois de grupos de defesa dos direitos humanos terem apresentado uma queixa sobre o uso de civis palestinos pelos militares para baterem à porta de suspeitos de serem militantes na Cisjordânia. |