A Polícia Federal (PF) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) estão conduzindo uma investigação minuciosa em relação ao segundo maior diamante do Brasil, que foi retido em 27 de agosto. A empresa Diadel Mineração, responsável por revelar a existência da pedra preciosa, afirmou tê-la extraído do Rio Douradinho, em Coromandel, no Alto Paranaíba. No entanto, há suspeitas de que a real origem do diamante seja o garimpo da Carbono Mineração, no Rio Araguari, na cidade de Araguari, no Triângulo Mineiro.
As autoridades estão averiguando possíveis relações entre os compradores do diamante e as suspeitas de desvio da pedra preciosa. Documentos como nota fiscal de exportação e invoice de venda estão sendo analisados para verificar se as transações ocorreram de forma regular ou se há atividades suspeitas envolvidas. A investigação busca também identificar todos os envolvidos no processo, desde garimpeiros até possíveis compradores.
A PF requisitou à ANM acesso a informações essenciais relacionadas ao processo do diamante no Certificado do Processo Kimberley (CPK). Os investigadores buscam cruzar as versões e movimentos de cada envolvido, com o objetivo de esclarecer detalhes sobre a descoberta, extração e suposta comercialização da gema. A polícia também procura por evidências que possam confirmar as alegações de garimpeiros e trabalhadores que afirmam ter encontrado o diamante.
Outro ponto central da investigação são os registros fotográficos, os quais podem fornecer informações cruciais sobre a jornada do diamante desde a mineração até a tentativa de exportação. Os agentes estão analisando os metadados, testemunhos técnicos e as relações da Diadel Mineração para identificar possíveis inconsistências. Também estão sendo verificados os registros de pesagem da pedra, a condição da mina em Coromandel e a legalidade de todo o processo. |