Flávio Dino libera parte de recursos bloqueados das emendas parlamentares

Date: Dec 29, 2024
Image title: BRASILIA, BRAZIL - SEPTEMBER 5: Minister of Justice and Public Security Flávio Dino looks on during an event to commemorate the International Amazon Rain forest Day at Salão Nobre of Planalto Government Palace on September 5, 2023 in Brasilia, Brazil. The Amazon area covers an area of 6.7 million square kilometers over Brazil, Bolivia, Peru, Colombia, Ecuador, Guyana, Suriname, Venezuela and French Guyana and has a population of around 33 million. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, retomou suas críticas aos argumentos da Câmara dos Deputados em relação às emendas parlamentares, destacando a necessidade crescente de investigação por parte da Polícia Federal (PF) sobre o tema. No entanto, Dino concordou em liberar uma parcela dos recursos anteriormente bloqueados, visando evitar prejuízos para os municípios.


Em decisão publicada no último domingo, o magistrado autorizou a continuidade da execução de emendas de comissão que já estavam empenhadas antes da suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões. Além disso, permitiu o empenho de emendas destinadas à saúde até 31 de dezembro, assim como a movimentação dos recursos já depositados em fundos da área até 10 de janeiro de 2025.


Apesar de flexibilizar sua posição, o ministro manteve um tom crítico em relação à Câmara dos Deputados, apontando a existência de uma confusão no processo orçamentário. Dino considerou "nulidade insanável" o ofício assinado por 17 líderes da Casa que solicitava a liberação dos R$ 4,2 bilhões, afirmando que o Poder Executivo não poderia empenhar os valores ali indicados devido a falhas nos procedimentos adotados.


Flávio Dino destacou que as suspeitas levantadas em relação ao ofício serão esclarecidas no inquérito da Polícia Federal, instaurado por sua determinação. O ministro acentuou a importância da apuração, que, segundo ele, se mostra cada vez mais evidente, e enfatizou a necessidade de se obedecer às normas estabelecidas, a fim de evitar insegurança jurídica.