Panfleto da SMS de São Paulo tem fator de risco de câncer de próstata dirigido às mulheres

Um panfleto distribuído pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo causou polêmica ao conter instruções destinadas às mulheres sobre prevenção ao câncer de  próstata. O material, divulgado nessa quarta-feira, 27, como parte da campanha do Novembro Azul, foi rapidamente retirado de circulação.

O folheto continha orientações equivocadas para mulheres, embora a doença de próstata afete apenas homens, já que obviamente à ausência da glândula sexual masculina no corpo feminino. Entre os dados corretos apresentados estavam informações sobre prevenção, métodos de exames, sintomas e fatores de risco da doença, como obesidade, consumo de álcool e tabaco, idade superior a 50 anos, sedentarismo e histórico familiar. No entanto, no item obesidade à uma menção a "no caso de mulheres, pós-menopausa".

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo esclareceu que o panfleto com falhas foi distribuído em uma ação específica na sede da pasta e não chegou ao público em geral. Após identificar os erros, a circulação do material foi interrompida, e ajustes estão sendo feitos para corrigir as informações incorretas. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer de próstata foi responsável por 17 mil mortes no Brasil em 2023, o que equivale a uma média de 47 óbitos diários. A revista científica Lancet projetou que o número de novos casos dessa doença tende a crescer nos próximos anos, tornando-se um desafio global de saúde pública. Estima-se que até 2040 os casos de câncer de próstata no mundo possam dobrar devido ao aumento da expectativa de vida, resultando em um aumento significativo no número de mortes relacionadas à doença.