Justiça brasileira planeja sistema para bloquear criptomoedas em corretoras

Date: Aug 22, 2024
Image title: LONDON, ENGLAND - DECEMBER 07: A visual representation of the digital Cryptocurrency, Bitcoin alongside US Dollars on December 07, 2017 in London, England. Cryptocurrencies including Bitcoin, Ethereum, and Lightcoin have seen unprecedented growth in 2017, despite remaining extremely volatile. While digital currencies across the board have divided opinion between financial institutions, and now have a market cap of around 175 Billion USD, the crypto sector coninues to grow, as it continues to see wider mainstreem adoption. The price of one Bitcoin passed 15,000 USD across many exchanges today taking it higher than previous all time highs. (Photo by Dan Kitwood/Getty Images)
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O Judiciário do Brasil está empenhado na criação de um sistema que possibilitará o bloqueio de ativos digitais de brasileiros mantidos em corretoras de criptomoedas. A novidade foi anunciada pelo juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Frederico Montedonio Rego, durante o 1º Congresso Nacional da Dívida Ativa. O sistema será chamado de CriptoJud e terá funcionalidades similares às do SisbaJud, que atualmente permite o bloqueio de contas e carteiras digitais no país.


A proposta de criação do sistema começou em 2020, quando o Banco Central e o CNJ substituíram o BacenJud pelo SisbaJud. Assim como ocorre atualmente, bloquear ativos digitais pelo CriptoJud exigirá a emissão de ordem judicial, seguindo procedimentos jurídicos já estabelecidos no sistema financeiro. O juiz Rego enfatizou a necessidade de enfrentar essa nova realidade, ressaltando que não existem contas judiciais específicas para criptomoedas, ao contrário dos ativos tradicionais. Ele explicou que, devido à limitação da força de trabalho das procuradorias, é preciso priorizar esforços para obter os melhores resultados na execução fiscal.


Embora a Receita Federal já possua informações sobre as movimentações de bitcoins e outras criptomoedas nas exchanges brasileiras, o Banco Central, responsável pela regulamentação do mercado cripto, ainda não definiu as regras para o setor, o que incluiria as obrigações das corretoras. Segundo o CNJ, as exchanges operam livremente no Brasil e ainda não estão sujeitas às regras do Banco Central, o que explica a indisponibilidade das mesmas no SisbaJud.


O Judiciário e outros órgãos reguladores brasileiros estão cada vez mais atentos ao mercado de criptomoedas. Enquanto o Banco Central trabalha na definição das regras para o setor, a Receita Federal está intensificando a fiscalização e anunciou mudanças no mercado de criptoativos, com o objetivo de obter mais informações sobre as transações financeiras digitais dos brasileiros. O projeto Cripto Conforme visa adequar as normas brasileiras às boas práticas internacionais de fiscalização e tributação dessas operações.


A criação do CriptoJud está em andamento, mas ainda não há uma data oficial para o lançamento do sistema.