Estado de São Paulo investiga possível transfusão de sangue com vírus da dengue

O estado de São Paulo está investigando três casos prováveis de pacientes que teriam se contaminado com o vírus da dengue após transfusões de sangue na capital paulista, conforme informado pela Secretaria Estadual de Saúde. A contaminação teria ocorrido após as transfusões de hemocomponentes ou transplantes realizados em hospitais da região. Até o momento, não há uma determinação do Ministério da Saúde para que as bolsas de sangue sejam testadas especificamente para a dengue, visto que as diretrizes atuais priorizam a detecção de doenças transmissíveis como hepatite B e C, sífilis, doença de Chagas, malária e HIV.

A Secretaria Estadual de Saúde ressaltou que segue rigorosamente as orientações do Sistema Único de Saúde (SUS) e que a testagem para o vírus da dengue só poderá ser incorporada quando houver definição e custeio por parte do governo federal para a área pública. O Estado de São Paulo emitiu diretrizes para que os bancos de sangue realizem a verificação de sintomas de dengue em doadores, além de orientar os profissionais de saúde a monitorarem os pacientes em busca de possíveis sintomas, como quadros febris, náuseas, vômitos e dores de cabeça, até 15 dias após as transfusões de sangue ou transplantes.

É importante destacar que a Secretaria de Saúde enfatizou que muitos doadores de sangue podem não apresentar sintomas no momento da doação, já que podem estar em um período assintomático da doença. A normativa foi emitida em conjunto com a Fundação Pró-Sangue, Hemorrede e Central de Transplantes, com o intuito de garantir a segurança e a saúde dos pacientes que necessitam de transfusões sanguíneas ou transplantes. Todos os casos suspeitos devem ser notificados imediatamente para que medidas adequadas possam ser tomadas, visando a prevenção e o controle de possíveis transmissões do vírus da dengue através do sangue.