Polícia Federal propõe inclusão de tenente-coronel delator no Programa de Proteção a Testemunhas

Date: Nov 16, 2025
Image title: BRASILIA, BRAZIL - JUNE 10: Mauro Cid (L), Brazilian Army officer and former personal assistant to ex-President of Brazil Jair Bolsonaro, leaves after the interrogation of Former President Bolsonaro at the Federal Supreme Court building on June 10, 2025 in Brasilia, Brazil. Bolsonaro is accused of leading an attempted coup against the current President of Brazil Lula Da Silva. (Photo by Arthur Menescal/Getty Images)
Image credit: Arthur Menescal - 2025 Getty Images
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A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal uma proposição para incluir o tenente-coronel Mauro Cid e seus familiares no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. O objetivo é garantir a segurança do militar, que atuou como delator em investigações relacionadas à tentativa de golpe que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outros. O pedido será avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes, aguardando a manifestação da Procuradoria-Geral da República.


O tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente exerceu a função de ajudante de ordens de Bolsonaro, tornou-se peça fundamental nas investigações que envolveram o ex-presidente e membros da cúpula do seu governo. Seu depoimento contribuiu para desvendar parte da trama golpista, resultando em medidas restritivas por parte da Justiça, como o cumprimento de pena em regime aberto, com restrições como recolhimento noturno e proibição de viagens ao exterior.


Segundo a Polícia Federal, a inclusão de Mauro Cid e seus familiares no programa de proteção é vista como uma alternativa viável para prevenir possíveis riscos à integridade do delator e de sua família. Conforme a legislação que rege o programa, os beneficiários devem expressar aceitação formal e estão sujeitos a diversas regras, como controle de deslocamentos e acompanhamento psicológico, em troca de medidas protetivas, como escolta e segurança residencial.


O delator Mauro Cid encontra-se atualmente em cumprimento de pena em regime aberto, com medidas restritivas, incluindo a retirada da tornozeleira eletrônica e limitações de contato com outros investigados.