Ex-ministro dos Direitos Humanos indiciado por importunação sexual pela Polícia Federal

Date: Nov 16, 2025
Image title: SAO PAULO, BRAZIL - SEPTEMBER 26: Philosopher Silvio Almeida speaks to supporters during a gathering with artists, politicians and other personalities one week before the presidential elections at Auditório Celso Furtado on September 26, 2022 in Sao Paulo, Brazil. (Photo by Alexandre Schneider/Getty Images)
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A Polícia Federal (PF) indiciou na sexta-feira (14) o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pelo crime de importunação sexual. As denúncias de assédio vieram a público em setembro de 2024, após relatos recebidos pelo movimento Me Too. As mulheres que denunciaram mantiveram suas identidades em anonimato, com exceção da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que confirmou ser uma das vítimas.

Após a repercussão das acusações, Silvio Almeida foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 6 de setembro de 2024. Desde então, o caso passou a ser investigado formalmente pela PF, culminando no indiciamento do ex-ministro. O inquérito está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a responsabilidade do ministro André Mendonça e foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Anielle Franco, em seu depoimento à PF, relatou que episódios de importunação teriam ocorrido durante a transição de governo em 2022, incluindo contato físico e comentários de cunho sexual. Outras mulheres também prestaram depoimento, mas suas identidades são mantidas em sigilo. Nas redes sociais, Silvio Almeida ainda não se manifestou sobre o indiciamento.

O ex-ministro tem negado todas as acusações, afirmando ser alvo de perseguição política e ataques motivados por racismo. Ao retomar suas atividades profissionais no início deste ano, Almeida acusou o movimento Me Too de tentar prejudicá-lo por motivos políticos. O caso aguarda a manifestação da PGR, que decidirá sobre a apresentação de denúncia, novas diligências ou o arquivamento do inquérito. Além do processo criminal, Silvio Almeida também responde a procedimentos na Comissão de Ética da Presidência da República.