BNDES aprova financiamento para carro voador elétrico da Embraer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$200 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, desenvolver um protótipo de carro voador 100% elétrico. Este veículo decola e aterra verticalmente, sendo considerado uma tecnologia verde por não utilizar combustíveis fósseis. A iniciativa visa contribuir para a transição energética em direção a uma economia de baixo carbono. O empréstimo, com taxa de juros de 7,53% ao ano e prazo de 16 anos, permitirá a Eve realizar os testes necessários para a certificação da aeronave e, posteriormente, iniciar a produção comercial. A previsão é que os testes comecem em 2025, com autorização e entregas previstas para 2027.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) do Brasil definiu os critérios finais de aeronavegabilidade para o carro voador elétrico em 1º de novembro. Os padrões estabelecidos abrangem aspectos como estrutura, sistemas de controle, propulsão e bateria, visando garantir a segurança dos voos. Este marco é fundamental para o avanço do projeto e a futura operação da aeronave.

Além do financiamento do BNDES, a Eve Air Mobility conta com um investimento de US$50 milhões do Citibank para o desenvolvimento do carro voador. A empresa já havia recebido um financiamento de R$500 milhões do BNDES para a construção de uma fábrica em Taubaté, interior de São Paulo. A presidente-executiva da Eve, Johann Bordais, ressalta a importância do apoio contínuo do banco para o progresso do programa de carro voador e a transição para a fase de certificação e produção.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destaca que a construção da fábrica gerou empregos de qualidade no Vale do Paraíba e sublinha a relevância do projeto para a transição energética. Para o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, o projeto do carro voador não só é inovador, mas também está alinhado com os objetivos do Fundo Clima, visando investir em desenvolvimento tecnológico para a descarbonização e a redução das emissões de gases de efeito estufa.