Inflação desacelera para 0,11% em janeiro

Date: Jan 24, 2025
Image title: NEW YORK - JANUARY 13: A woman selects apples while shopping in the produce section at Whole Foods January 13, 2005 in New York City. New eating guidelines issued by the U.S. government stress the need to eat more vegetables, fruits and whole grains and to excercise between 30-90 minutes a day to promote good health. (Photo by Stephen Chernin/Getty Images)
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Link: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/01/ipca-15-desacelera-a-011-mas-fica-acima-das-projecoes-em-janeiro.shtml

Dados divulgados nesta sexta (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou a 0,11% em janeiro. Esse resultado representou uma queda em relação aos 0,34% registrados em dezembro. Mesmo sendo a menor taxa para meses de janeiro desde o início do Plano Real, o número ficou acima das projeções do mercado financeiro, que esperavam uma leve deflação de 0,02%.


A desaceleração da inflação foi impulsionada pelo atraso no desconto do bônus de Itaipu nas contas de luz, que só entrou em vigor em janeiro. Além disso, os alimentos voltaram a pressionar o IPCA-15, preocupando o governo que busca medidas para conter a alta dos preços.


No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 atingiu 4,50% em janeiro, alcançando o teto da meta perseguida pelo Banco Central para o IPCA em 2025. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 apresentaram alta de preços no início do ano, com destaque para alimentos e bebidas.


O grupo alimentação e bebidas registrou a maior variação em janeiro, contribuindo significativamente para o IPCA-15. A alimentação no domicílio teve aumentos nos preços do tomate e do café moído, enquanto a batata-inglesa e o leite longa vida apresentaram quedas. Por outro lado, o grupo habitação mostrou deflação, com destaque para a energia elétrica residencial que teve o maior impacto para a baixa no índice.


A expectativa do mercado é de uma alta de 5,08% para o IPCA ao final de 2025, apontando para possíveis dificuldades do Banco Central em manter a inflação dentro do intervalo da meta. Esse aumento nas projeções reflete fatores como a valorização do dólar e a pressão sobre os preços devido ao aquecimento da atividade econômica.