Personal Trainer Vítima de Preconceito e Discriminação em Academia de Boa Viagem

Date: May 27, 2025
Image title: personal trainer kely moraes foi agredida verbalmente ao ser confundida com mulher trans em academia no recife — foto: reprodução/instagram
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Personal Trainer é Vítima de Preconceito em Academia de Boa Viagem

Uma personal trainer foi vítima de preconceito e discriminação dentro de uma academia em Boa Viagem, no Recife. Kely Moraes, que é mulher cis, foi assediada verbalmente por uma aluna do estabelecimento, que a impediu de entrar no banheiro feminino. Um homem se juntou à agressora, bloqueando a entrada do local. O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (26), na unidade da Selfit. Kely relatou que estava com o pé sangrando devido a uma queda de moto e foi ao banheiro se limpar, momento em que foi confrontada.

A vítima explicou que ao sair do banheiro, encontrou a agressora, que a proibiu de utilizar o banheiro feminino, alegando que Kely deveria utilizar o banheiro masculino localizado no andar inferior. Mesmo sendo mulher cis, a personal trainer foi confundida com uma mulher transexual e alvo de insultos e agressões verbais. Kely, que é fisiculturista, destacou que já teve sua identidade de gênero questionada anteriormente devido ao seu porte físico.

Kely Moraes gravou parte da situação de discriminação, na qual é possível ouvir a agressora exigindo que a vítima mostrasse sua identidade de gênero ao agressor. A academia tentou intervir, mas o homem continuou a impedir a entrada de Kely no banheiro feminino. Após a saída dos agressores, a personal trainer foi à Delegacia de Boa Viagem para registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como constrangimento ilegal, vias de fato e ameaça, e um inquérito foi aberto para investigar o ocorrido até sua completa elucidação. A academia Selfit se pronunciou lamentando o episódio e repudiando qualquer ato de preconceito ou violência. Kely ressaltou a humilhação e ofensas que sofreu, destacando que a discriminação a fez sentir-se diminuída e desrespeitada, mesmo estando apenas trabalhando e buscando usar o banheiro. A vítima enfatizou a importância de não ter que provar sua identidade de gênero a ninguém e questionou o motivo pelo qual a situação ofendeu tanto as pessoas presentes no local.