A influenciadora digital Nayra Gabrielly Oliveira Feitosa foi presa ao tentar transportar drogas para o presídio Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), em Fortaleza. Ela foi flagrada durante uma revista íntima com 48 gramas de uma substância semelhante à maconha e 118 comprimidos de Rohypnol escondidos em suas partes íntimas. Nayra, que já havia sido presa em 2023 por tráfico de drogas, voltou a ser detida menos de um ano após ser liberada da primeira condenação.

Com uma presença ativa nas redes sociais, Nayra ganhou notoriedade ao compartilhar sua rotina na prisão, vídeos sensuais e conteúdos ligados ao estilo de vida ostentação. Ela se apresentava como influenciadora de moda, beleza e comportamento, além de oferecer conteúdos adultos em plataformas pagas. A mistura de exposição pessoal, sensualidade e relatos sobre o sistema prisional lhe rendeu milhares de seguidores e o status de “influencer do crime” entre alguns internautas.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) do Ceará, a primeira prisão de Nayra ocorreu em São Paulo, quando ela foi flagrada com aproximadamente 36 quilos de maconha dentro de um ônibus com destino a Uberlândia, Minas Gerais. Na época, foi condenada a quatro anos, dois meses e 12 dias de reclusão, mas acabou sendo liberada após cumprir parte da pena.

Durante o novo flagrante em Fortaleza, Nayra afirmou que estava trabalhando como garota de programa em Campo Grande (MS), mas que não tinha conseguido dinheiro suficiente para retornar ao Ceará. Segundo o relato, ela aceitou transportar duas malas até Uberlândia em troca de pagamento. A alegação, no entanto, não impediu sua nova prisão.

A reincidência no tráfico de drogas reforça o envolvimento da jovem com o crime organizado e levanta discussões sobre os limites entre a influência digital, a glamourização do crime e a vulnerabilidade social. Com mais essa acusação, Nayra Gabrielly enfrenta agora um novo processo judicial e a perspectiva de mais anos de reclusão.