Paranaense morre em combate na Guerra da Ucrânia |
| Date: Jul 8, 2024 |
![]() |
| Image title: KHARKIV, UKRAINE - APRIL 16: Members of the Ukrainian military walk amid debris after a shopping center and surrounding buildings were hit by a Russian missile strike on April 16, 2022 in Kharkiv, Ukraine. After Russian forces retreated from areas around Kyiv, recent reports point to a new offensive as Russian forces have regrouped in the eastern part of the country bringing fears of an escalation of violence. (Photo by Chris McGrath/Getty Images) |
| Image credit: Chris McGrath - 2022 Getty Images |
| Link: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2024/07/08/paranaense-morre-na-guerra-da-ucrania-apos-quase-dois-anos-lutando-como-voluntario-era-o-ideal-que-ele-tinha-diz-mae.ghtml |
|
Um jovem paranaense, identificado como Murilo Lopes Santos, de 26 anos, natural da cidade de Castro, nos Campos Gerais, perdeu a vida em combate na cidade ucraniana de Zaporizhzhia, durante a Guerra da Ucrânia. A morte de Murilo foi confirmada pelos familiares. Em entrevista ao g1, Rosângela Pavin Santos, mãe de Murilo, revelou que o jovem se alistou voluntariamente e chegou na Ucrânia em 3 de novembro de 2022, motivado pelo desejo de lutar ao lado das forças ucranianas contra a invasão russa, que já dura mais de dois anos. A mãe, embora contrária à decisão do filho, não conseguiu impedir que ele partisse. A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia iniciou a invasão. Vale ressaltar que em agosto de 2023, outro paranaense perdeu a vida na guerra, sendo natural de Curitiba. No Brasil, Murilo prestou serviço militar no município de Castro por aproximadamente um ano e meio antes de se desligar do exército. Rosângela lembra que o filho tinha o sonho de seguir carreira militar. Já na Ucrânia, ele desembarcou em Cracóvia, na Polônia, e seguiu de ônibus até a fronteira com a Ucrânia, onde permaneceu cerca de um mês na cidade de Ternopil. Em suas conversas com a mãe, Murilo expressava o desejo de não retornar ao Brasil e escolheu a Ucrânia como seu país de residência. Ele mantinha contato com a família por meio de aplicativos de mensagens, mas essa comunicação gradualmente foi se tornando escassa. De acordo com a família, o jovem não foi motivado pelo dinheiro ao se dirigir à Ucrânia, inclusive investindo o que ganhava em equipamentos melhores, como capacetes, mesmo recebendo apoio do governo ucraniano. Rosângela teve o último contato com o filho na terça-feira, dia 2 de novembro, antes de ele partir para uma nova missão. A notícia da morte de Murilo foi transmitida por um colega de combate por meio de mensagem enviada ao pai dele nas redes sociais. Esse colega informou que o grupo estava sendo atacado e que enfrentavam dificuldades, incluindo falta de energia. Nenhum contato das autoridades ucranianas ou de embaixadas foi feito com a família até o momento. A família possui apenas o contato de outro brasileiro que também está lutando no conflito, natural do Rio Grande do Sul. Agora, a angústia da família é trazer o corpo de Murilo de volta ao Brasil, mas eles desconhecem os procedimentos e com quem falar nesse sentido. |