Anderson Torres nega relação com minuta golpista em depoimento ao STF |
Date: Jun 10, 2025 |
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Image credit: Reprodução: Agência Brasil |
Link: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/10/torres-diz-que-minuta-do-golpe-e-minuta-do-google-e-tinha-erros-de-concordancia-nem-me-lembrava.ghtml |
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres negou qualquer envolvimento com a polêmica "minuta golpista". O documento, que previa a declaração de estado de defesa no Brasil e a prisão de autoridades para impedir a posse do presidente Lula, foi encontrado durante uma operação de busca e apreensão em sua residência. Torres afirmou que a descoberta foi uma surpresa para ele, alegando que nunca discutiu o assunto com ninguém e que a minuta deveria ter sido destruída há muito tempo. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Anderson Torres teria replicado narrativas sobre uma suposta fraude nas urnas, divulgadas durante uma live em julho de 2021, distorcendo informações e sugestões recebidas da Polícia Federal. Os réus estão sendo interrogados em ordem alfabética, com exceção do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que foi o primeiro a depor por ser o delator. Durante o depoimento, Torres atribuiu o envio da minuta ao seu gabinete no Ministério da Justiça, organizado por sua assessoria, e ressaltou que nunca trabalhou ou discutiu o assunto. A PGR acusou o grupo de cinco crimes, incluindo a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito prevê punição para aqueles que tentam abolir o Estado Democrático de Direito com violência ou grave ameaça, com pena variando de 4 a 8 anos de prisão. Já o golpe de Estado é configurado quando alguém tenta depor um governo legitimamente constituído por meio de violência ou grave ameaça, com pena de 4 a 12 anos de prisão. O grupo é acusado ainda de organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, com penas que variam de 3 meses a 12 anos de prisão. Os depoimentos no STF continuam conforme a ordem alfabética dos envolvidos, com a polêmica em torno da "minuta golpista" ganhando destaque no cenário político brasileiro. |