Polícia investiga morte de paciente após "harmonização de bumbum" feita por médico sem registro ativo

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) está realizando uma investigação sobre o médico responsável por uma "harmonização de bumbum" realizada em Adriana Barros Lima, que foi encontrada morta em casa horas depois do procedimento. Marcelo Vasconcelos, o médico em questão, não tem inscrição ativa no conselho do estado e a clínica onde atua, a Bodyplastia, não possui a estrutura adequada para realizar certos procedimentos estéticos. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil, que registrou a ocorrência como "outras ocorrências contra a pessoa".

Diante da repercussão da morte de Adriana Barros, o Cremepe decidiu iniciar a investigação por conta própria. Uma fiscalização emergencial foi realizada na clínica Bodyplastia, localizada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. O Cremepe divulgou uma nota sobre o assunto, ressaltando a falta de inscrição ativa do médico Marcelo Vasconcelos no conselho pernambucano e a inadequação da estrutura da clínica para procedimentos como o realizado na paciente.

Marcelo afirmou que já protocolou toda a documentação necessária para obter registro no Cremepe, e aguarda a liberação desde outubro de 2024. O médico negou irregularidades na clínica de estética, assegurando que ela possui todas as licenças necessárias e estrutura adequada para realização de procedimentos minimamente invasivos. Sobre sua inscrição no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, Marcelo alegou possuir inscrição ativa em outros três estados, tendo o Rio de Janeiro como registro principal.

As diligências da Polícia Civil seguem em curso para esclarecer os eventos que levaram à morte de Adriana Barros. A corporação informou que o caso está em andamento na Central de Plantões da Capital e que a investigação continuará até a total elucidação do ocorrido. A repercussão e a gravidade do caso levaram tanto o Cremepe quanto as autoridades policiais a agirem prontamente, visando garantir a segurança e a legalidade dos procedimentos médicos realizados na região.