Líder de quadrilha do "Boa noite, Cinderela" é condenada a 20 anos após morte de turista no RJ

Claudia Mayara Alves Soliva foi condenada a 20 anos e 10 dias de prisão em regime fechado pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte, do economista colombiano Manuel Felipe Martínez Mantilla. A sentença foi proferida pela juíza Camila Rocha Guerin, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Claudia, que já estava detida preventivamente desde março deste ano, é apontada pela Polícia Civil como líder da maior quadrilha especializada em aplicar o golpe "Boa noite, Cinderela" no Rio de Janeiro.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou a pena de 20 anos e 10 dias de prisão em regime fechado para Claudia Mayara Alves Soliva, em decorrência do latrocínio cometido contra Manuel Felipe Martínez Mantilla, no Rio de Janeiro, em outubro do ano passado. A decisão da juíza Camila Rocha Guerin ressaltou o robusto lastro probatório que comprova a atuação criminosa da ré.

Manuel Mantilla, economista colombiano, foi vítima da quadrilha enquanto desfrutava de suas férias no Brasil. Ele foi envenenado após sair sozinho para a Pedra do Sal e posteriormente frequentar um bar no Complexo da Maré. O crime foi operacionalizado por duas mulheres, segundo relatado por um motorista de aplicativo que percebeu a má condição da vítima e a levou ao hospital, onde veio a falecer devido a um edema pulmonar causado por substâncias tóxicas misturadas à bebida.

A morte trágica de Manuel Martínez Mantilla, assessor de macroeconomia do Ministério da Fazenda colombiano, mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e professor universitário na Colômbia, gerou comoção não apenas em seu país de origem, mas também no meio acadêmico brasileiro. Seu falecimento por envenenamento chocou a comunidade acadêmica e repercutiu internacionalmente.