MPE denuncia Nikolas Ferreira e outro deputado por campanha de desinformação |
Date: Jul 8, 2025 |
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Link: https://www.em.com.br/politica/2025/07/7195315-nikolas-engler-e-delegada-sheila-sao-denunciados-por-difamar-fuad-noman.html |
O Ministério Público Eleitoral (MPE) ofereceu denúncia, nesta terça-feira (8/7), contra os deputados Nikolas Ferreira e Bruno Engler, ambos do PL, por uma suposta "campanha sistemática de desinformação" durante as eleições municipais de 2024 em Belo Horizonte. A ação visava difamar o então prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman, que faleceu em março deste ano. Além dos deputados, a ex-candidata a vice-prefeita Coronel Cláudia Romualdo e a deputada Delegada Sheila, também do PL, foram denunciadas. Victor Lucchesi, candidato a vereador, concordou com um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) e não foi alvo da denúncia. Os políticos bolsonaristas, conforme a denúncia, passaram a divulgar informações falsas em diversos meios de comunicação, acusando o então prefeito de Belo Horizonte de práticas relacionadas à pedofilia. A base dessas acusações era um trecho do livro "Cobiça", escrito por Fuad em 2020, que mencionava situações de violência sexual. Após a constatação da Justiça Eleitoral sobre a veracidade das acusações, as publicações difamatórias foram ordenadas a serem retiradas, porém o deputado Nikolas Ferreira teria se recusado a fazê-lo. Durante a campanha eleitoral, o candidato Bruno Engler questionou publicamente Fuad Noman sobre o conteúdo do livro, chegando a afirmar que o mesmo descrevia cenas de estupro infantil. Em resposta, o candidato do PSD negou e descreveu a obra como uma narrativa que incluía relatos de abusos. Os denunciados foram contatados para se pronunciarem sobre as acusações, mas não responderam até o momento. Além das implicações políticas, o candidato Victor Lucchesi, que obteve 2.782 votos para a Câmara Municipal de Belo Horizonte, concordou em não se candidatar em 2026 e pagar uma indenização de mais de R$ 31 mil por danos morais a uma entidade. Lucchesi também terá que se retratar publicamente em suas redes sociais, admitindo ter participado da propagação das acusações falsas. |