Suspeito de feminicídio em MS foge após alegar tiro acidental

Um trágico episódio chocou a cidade de Água Clara, no Mato Grosso do Sul, no último sábado (22), quando Fausto Júnior Aparecido de Oliveira, de 31 anos, é suspeito de ter matado a ex-esposa, Mirieli Santos, de 26 anos. Segundo relatos do irmão da vítima, o suspeito estaria realizando uma festa em sua casa, quando Mirieli chegou para conversar com Fausto. Minutos depois, um disparo de arma de fogo foi ouvido e a jovem foi encontrada caída no chão com um ferimento no abdômen.

De acordo com o depoimento, Fausto teria socorrido a vítima até o hospital da cidade juntamente com o irmão dela, mas infelizmente Mirieli não resistiu aos ferimentos e faleceu. Enquanto a equipe médica tentava salvar a vida da jovem, o suspeito fugiu do local. As autoridades foram acionadas e o caso está sob investigação, com Fausto ainda em fuga e não se entregando às autoridades.

Na residência onde ocorreu a tragédia, um revólver calibre 38 municiado com seis cartuchos foi apreendido, sendo que três deles estavam deflagrados. Além disso, diversas munições calibre 22 foram encontradas em um pote plástico. O caso foi registrado como feminicídio na delegacia da cidade, somando-se ao quarto caso deste tipo em 2025, todos ocorridos no mês de fevereiro.

Outros feminicídios marcaram o ano na região. No início de fevereiro, em 1º de fevereiro, Karin Corin, de 29 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro em Caarapó, juntamente com a amiga Aline Rodrigues, de 32 anos. Já no segundo caso, Juliana Dominguez, indígena de 28 anos, foi brutalmente assassinada a golpes de foice durante a noite, com o principal suspeito sendo seu companheiro, que fugiu após o crime. O terceiro caso foi o da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, atacada brutalmente pelo ex-noivo, resultando em discussões sobre a rede de atendimento a mulheres vítimas de violência.