Incêndios no Pantanal voltam a aumentar; 1,3 mi de hectares foram consumidos pelo fogo

Incêndios no Pantanal voltam a aumentar; 1,3 mi de hectares foram consumidos pelo fogo
Date: Aug 7, 2024

Image title: POCONE, BRAZIL - SEPTEMBER 25: An aerial view of a fire burning next to the Transpantaneira, a road that crosses the Pantanal on September 25, 2020 in Pocone, Brazil. Pantanal is located mostly within the Brazilian state of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul and is the world's largest tropical wetland area, and the world's largest flooded grasslands. The region is considered by UNESCO as a World Natural Heritage and Biosphere Reserve. Since the beginning of September, more than 5,000 fires have been registered. The main cause of the induced fires is the livestock activity to transform the region into pastures. The biome has been going through four months of drought, which makes fire control difficult. The situation severely affects the local fauna and flora, which consists of thousands of species, some even endangered. (Photo by Buda Mendes/Getty Images)
Image credit: Buda Mendes - 2020 Getty Images
Link: https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/2183712/fogo-ja-consumiu-1-3-milhao-de-hectares-e-volta-a-aumentar-no-pantanal
O Pantanal está enfrentando uma temporada de incêndios sem precedentes. Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam uma situação alarmante, com mais de 1,3 milhão de hectares já consumidos pelas chamas desde o início de 2024. A situação preocupa ambientalistas e autoridades, que enfrentam dificuldades para conter as chamas e minimizar os danos à biodiversidade da região. Comparando com anos anteriores, a frequência e a gravidade dos incêndios no Pantanal têm aumentado de forma preocupante. Tradicionalmente, os meses de pico para incêndios são agosto e setembro, mas as condições atuais sugerem um cenário mais grave do que o vivenciado em 2020, com uma seca extrema exacerbada pelas mudanças climáticas. As últimas 24 horas foram particularmente devastadoras, com mais de 100 mil hectares adicionais afetados. Um alerta de perigo meteorológico de fogo foi emitido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, sinalizando risco extremo de ignição na Bacia do Alto Paraguai até o dia 10 de agosto. O risco de incêndios de grandes proporções é elevado, e o combate às chamas está se tornando cada vez mais desafiador, mesmo com o auxílio de meios aéreos. A alta velocidade de propagação do fogo coloca em risco toda a biodiversidade do Pantanal. Uma operação de monitoramento, combate e controle dos incêndios está em andamento, com a participação de mais de 233 agentes de órgãos federais e estaduais, além do apoio de aeronaves, caminhões, embarcações e caminhonetes. A proteção das áreas habitadas tem sido uma prioridade, com esforços concentrados na segurança das populações locais e na preservação das reservas ambientais. A situação no Pantanal exige uma resposta rápida e eficaz para evitar danos irreparáveis à biodiversidade e às comunidades locais. A colaboração entre autoridades, ambientalistas e a sociedade civil é essencial para enfrentar esse desafio e garantir a proteção de uma das regiões mais importantes do Brasil.

Date: Aug 7, 2024

Image title: POCONE, BRAZIL - SEPTEMBER 25: An aerial view of a fire burning next to the Transpantaneira, a road that crosses the Pantanal on September 25, 2020 in Pocone, Brazil. Pantanal is located mostly within the Brazilian state of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul and is the world's largest tropical wetland area, and the world's largest flooded grasslands. The region is considered by UNESCO as a World Natural Heritage and Biosphere Reserve. Since the beginning of September, more than 5,000 fires have been registered. The main cause of the induced fires is the livestock activity to transform the region into pastures. The biome has been going through four months of drought, which makes fire control difficult. The situation severely affects the local fauna and flora, which consists of thousands of species, some even endangered. (Photo by Buda Mendes/Getty Images)

Image credit: Buda Mendes - 2020 Getty Images

Link: https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/2183712/fogo-ja-consumiu-1-3-milhao-de-hectares-e-volta-a-aumentar-no-pantanal

O Pantanal está enfrentando uma temporada de incêndios sem precedentes. Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam uma situação alarmante, com mais de 1,3 milhão de hectares já consumidos pelas chamas desde o início de 2024. A situação preocupa ambientalistas e autoridades, que enfrentam dificuldades para conter as chamas e minimizar os danos à biodiversidade da região.

Comparando com anos anteriores, a frequência e a gravidade dos incêndios no Pantanal têm aumentado de forma preocupante. Tradicionalmente, os meses de pico para incêndios são agosto e setembro, mas as condições atuais sugerem um cenário mais grave do que o vivenciado em 2020, com uma seca extrema exacerbada pelas mudanças climáticas.

As últimas 24 horas foram particularmente devastadoras, com mais de 100 mil hectares adicionais afetados. Um alerta de perigo meteorológico de fogo foi emitido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, sinalizando risco extremo de ignição na Bacia do Alto Paraguai até o dia 10 de agosto.

O risco de incêndios de grandes proporções é elevado, e o combate às chamas está se tornando cada vez mais desafiador, mesmo com o auxílio de meios aéreos. A alta velocidade de propagação do fogo coloca em risco toda a biodiversidade do Pantanal.

Uma operação de monitoramento, combate e controle dos incêndios está em andamento, com a participação de mais de 233 agentes de órgãos federais e estaduais, além do apoio de aeronaves, caminhões, embarcações e caminhonetes. A proteção das áreas habitadas tem sido uma prioridade, com esforços concentrados na segurança das populações locais e na preservação das reservas ambientais.

A situação no Pantanal exige uma resposta rápida e eficaz para evitar danos irreparáveis à biodiversidade e às comunidades locais. A colaboração entre autoridades, ambientalistas e a sociedade civil é essencial para enfrentar esse desafio e garantir a proteção de uma das regiões mais importantes do Brasil.