Em reposta a fala de Trump sobre tropas brasileiras na Ucrânia, Lula fala em enviar missão de paz

Date: Feb 20, 2025
Image title: DOBROPILLIA, UKRAINE - JUNE 15: A Ukrainian flag flies next to a home that was heavily damaged by a Russian rocket attack on June 15, 2022 in Dobropillia, Ukraine. Yesterday the rocket struck and destroyed three homes and heavily damaged several others, leaving one person dead. In recent weeks, Russia has concentrated its firepower on Ukraine's Donbas region, where it has long backed two separatist regions at war with the Ukrainian government since 2014. (Photo by Scott Olson/Getty Images)
Image credit: Scott Olson - 2022 Getty Images
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil está disposto a enviar uma missão de paz para a Ucrânia, em meio a possíveis planos dos EUA de envolverem tropas brasileiras e chinesas na região. Em resposta às especulações levantadas pela revista britânica The Economist, Lula afirmou que o Brasil não enviará tropas armadas, somente uma missão para auxiliar na implementação de um cessar-fogo no território ucraniano.


"O Brasil não enviará tropas. O Brasil só mandará missão de paz. Para negociar a paz, o Brasil está disposto a fazer qualquer coisa e é por isso que o Brasil tem brigado há exatamente dois anos. Quando os dois países quiserem sentar para conversar sobre paz, nós estaremos na mesa de negociação, se assim interessar aos países. Fora isso, o Brasil vai continuar a muitos quilômetros, longe da Rússia e da Ucrânia, defendendo a paz", declarou Lula. No entanto, não ficou claro se a participação seria por meio de uma missão diplomática ou de paz da ONU, com respaldo do Conselho de Segurança da organização internacional.


De acordo com informações da The Economist, a possível presença de tropas chinesas e brasileiras na região surgiria como alternativa à proposta de países europeus de enviar tropas de paz, as quais não seriam aceitas pelo governo de Vladimir Putin. O debate sobre o formato e a aceitação das tropas de paz por ambas as partes envolvidas continua em pauta no cenário internacional.


Mencionando a importância da participação ucraniana nas negociações de paz, Lula defendeu que ambas as partes em conflito devem ser incluídas nas conversações para que se alcance uma solução efetiva e equilibrada. Observando que o conflito na Ucrânia já se estende por três anos, o presidente brasileiro ressaltou a necessidade de um diálogo mais inclusivo para o estabelecimento de um cessar-fogo eficaz.


O governo americano iniciou diálogos com a Rússia visando discutir a possibilidade de encerrar o conflito ucraniano. Os esforços diplomáticos buscavam normalizar as relações bilaterais e estabelecer as bases para negociações de paz. No entanto, questões como a não participação da Ucrânia nas negociações iniciais e a proposta de envolvimento de outras potências mundiais no processo ainda são temas controversos.