Filme 'Conclave' volta a ser debatido após a morte do Papa Francisco

Com a morte do Papa Francisco, internautas voltaram a discutir o filme "Conclave", uma obra que obteve destaque cerimônias do Oscar e do Globo de Ouro deste ano. Ralph Fiennes, Isabella Rossellini, Stanley Tucci e John Lithgow foram alguns dos atores estrelados que participaram dessa trama que conquistou o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar e recebeu outras sete indicações, além de ganhar o Globo de Ouro de Melhor Roteiro.

O enredo do filme gerou controvérsias entre os católicos mais conservadores, que criticam o retrato dos tradicionalistas da Igreja como figuras perversas e gananciosas em meio à disputa pelo poder no conclave. No entanto, o roteirista Peter Straughan defendeu a obra, enfatizando que a mensagem principal é a busca da igreja pelo equilíbrio espiritual diante do poder que exerce.

Outro ponto polêmico abordado no filme foi o final, onde é sugerido que o escolhido para o cargo de Papa seria um cardeal intersexo, levantando discussões sobre a diversidade na Igreja Católica e sobre as possíveis posições políticas do novo pontífice, após o papado de Francisco ter sido mais aberto às questões atuais da sociedade.

Além disso, houve quem questionasse se o filme deveria explorar um processo tão sigiloso como a escolha do papa, levantando dúvidas sobre a exposição de detalhes desse procedimento reservado da Igreja Católica. As representações fictícias da obra geraram debates sobre a relevância e os limites da abordagem cinematográfica em temas sensíveis como a sucessão papal.