Preços máximos de medicamentos serão reajustados em até 5,06%

Os preços máximos dos medicamentos em todo o Brasil sofrerão um reajuste de até 5,06% a partir desta segunda-feira (31). A medida foi aprovada pela Câmara de Regulação de Medicamentos (Cmed) e corresponde à inflação medida pelo IPCA nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. O objetivo é estabelecer um teto para os reajustes realizados pelas farmacêuticas, visando a manutenção do poder aquisitivo dos consumidores.

Diferentemente de anos anteriores, a expectativa é que a média dos reajustes fique em torno de 3,83%, o menor patamar desde 2018. O índice considera três segmentos do mercado de medicamentos: mercado concentrado, intermediário e mais concorrencial. Vale ressaltar que o aumento não é automático, ou seja, nem todos os medicamentos terão seus preços elevados a partir de segunda-feira.

Farmácias e fabricantes terão a opção de repassar o reajuste máximo de 5,06% de uma única vez ou parcelar ao longo do ano. No entanto, fica determinado que até março do próximo ano, não poderão ser aplicados reajustes acima desse percentual. A definição do reajuste pela Cmed se baseia não apenas na inflação medida pelo IPCA, mas também em fatores como a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação e a concorrência de mercado.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o reajuste anual dos medicamentos tem o papel de proteger os consumidores de aumentos abusivos. A competição entre farmácias e os estoques dos produtos contribuem para que o reajuste médio se mantenha abaixo do teto estabelecido pela Cmed. É importante que os consumidores pesquisem nas diferentes farmácias e drogarias em busca das melhores ofertas para os medicamentos prescritos.