Donald Trump assina ordem executiva para retirar os Estados Unidos da OMS

Date: Jan 21, 2025
Image title: STERLING, VIRGINIA - JANUARY 18: (Editors Note: Alternative Crop) U.S. President-elect Donald Trump attends a private party and fireworks show at Trump National Golf Club on January 18, 2025 in Sterling, Virginia. Trump has arrived in the Washington, DC region ahead of his inauguration ceremony on January 20 which has been moved inside the U.S. Capitol as temperatures are expected to be the coldest in forty years. (Photo by Andrew Harnik/Getty Images)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta segunda-feira (2) formalizando a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida ocorre após Trump acusar a entidade de má gestão da pandemia e de ser excessivamente influenciada pela China. O presidente justificou a decisão pela diferença nas contribuições financeiras entre os EUA e a China, declarando que a OMS os defraudou.


Na ordem executiva, Trump determinou a suspensão da futura transferência de fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS e incentivou a busca por parceiros norte-americanos e internacionais de confiança para assumir as atividades anteriormente realizadas pela organização. Os Estados Unidos são o maior contribuinte da OMS, financiando a organização com base no Produto Interno Bruto, além de contribuições voluntárias.


A saída dos Estados Unidos da OMS pode gerar uma reestruturação significativa na entidade e impactar negativamente os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos de doenças. Especialistas alertam que a decisão enfraquece a influência do país, aumentando o risco de pandemias mortais e tornando-o mais vulnerável. O acesso privilegiado aos dados da OMS é crucial para a vigilância epidêmica global e, sem ele, os EUA podem perder informações essenciais para prevenir ameaças de saúde pública vindas do exterior.


Lawrence Gostin, professor de Direito da Saúde Pública na Universidade de Georgetown, destaca que agências de saúde e empresas farmacêuticas norte-americanas dependem da OMS para obter dados necessários ao desenvolvimento de vacinas e terapias. Ele ressalta que essa decisão coloca os EUA no final da fila no acesso a vacinas e representa uma ameaça à segurança e inovação do país. A retirada da OMS marca a segunda tentativa de Trump de abandonar a organização, sendo a primeira vez revertida pelo presidente Joe Biden antes de sua efetivação.