Shein e Temu anunciam aumento de preços devido ao tarifaço dos EUA

Duas empresas chinesas de e-commerce, Shein e Temu, revelaram nesta semana que irão aumentar os preços das remessas para os Estados Unidos. A decisão foi tomada em resposta ao aumento das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump como parte da guerra comercial contra a China. A medida inclui o fim da isenção mínima (De Minimis) para pacotes abaixo de US$ 800, que entravam nos EUA sem a cobrança de impostos, a ser aplicado a partir de 2 de maio de 2025.

A Casa Branca justificou a retomada das taxas alegando que transportadores chineses estavam se aproveitando da isenção para ocultar substâncias ilícitas e o real conteúdo das remessas. Diante desse cenário, as empresas de e-commerce chinesas informaram aos consumidores americanos que os preços das remessas serão ajustados, devido às mudanças nas regras e tarifas do comércio global. A Shein comunicou que a partir de 25 de abril de 2025 os preços serão atualizados, instando os consumidores a aproveitarem os valores atuais até essa data.

A varejista chinesa destacou que está empenhada em manter a qualidade de seus produtos e em minimizar o impacto das alterações tarifárias sobre os consumidores. A empresa ressaltou ainda que sua missão de tornar a moda acessível a todos continua sendo prioridade, e que sua equipe está trabalhando para melhorar a experiência de compra dos clientes. Seguindo a mesma linha, a Temu também anunciou o aumento de preços devido ao incremento nas despesas operacionais, que entrará em vigor na próxima semana.

Em 2025, os consumidores norte-americanos terão que lidar com os novos valores nas remessas vindas da China e de Hong Kong, que serão sujeitas a impostos após o término da isenção para pacotes abaixo de US$ 800. A situação é reflexo da escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, impactando diretamente empresas de e-commerce e consumidores dos dois países.