Filme de Gabriel Mascaro, "O Último Azul", recebe Prêmio Júri no Festival de Berlim

Date: Feb 22, 2025
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A recepção de "O Último Azul" no Festival de Berlim foi nada menos que espetacular. Além de receber o Urso de Prata, o filme foi agraciado com o Prêmio do Júri Ecumênico, que reconhece obras que abordam questões espirituais e sociais. Gabriel Mascaro, emocionado, expressou sua gratidão ao afirmar: "Eu venho de um país onde temos enfrentado esses desafios sobre a aceitação de diferentes perspectivas e religiões. Estou muito emocionado em ver todos unidos pelo cinema, pela arte e diversidade."

Além disso, o longa também conquistou o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost, um reconhecimento dado pelos leitores do jornal alemão, que destacaram a abordagem do filme sobre temas universais de uma forma inovadora e inspiradora.

"O Último Azul", ou "The Blue Trail" em inglês, é uma obra que se passa em um Brasil quase distópico. A trama gira em torno de Tereza, interpretada por Denise Weinberg, uma mulher de 77 anos que embarca em uma jornada de resistência e autodescoberta ao longo dos rios da Amazônia. Em um cenário onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para viverem seus últimos anos, Tereza decide realizar seu último desejo antes de ser exilada compulsoriamente.


Com Rodrigo Santoro, Adanilo e a atriz cubana Miriam Socarrás no elenco, o filme explora temas profundos de liberdade, autodeterminação e amizade em um mundo hostil, mas faz isso de uma maneira vibrante e colorida, trazendo uma sensação de esperança em meio à adversidade.


 A Jornada de Gabriel Mascaro


Gabriel Mascaro, nascido em Recife, é um nome já conhecido no cenário cinematográfico. Com obras anteriores como "Boi Neon" e "Divino Amor", Mascaro já havia deixado sua marca na Berlinale em 2019. Sua habilidade em tecer narrativas que exploram a complexidade da experiência humana é evidente em "O Último Azul", que se destaca não apenas pela sua história, mas também pela sua direção artística e visual.


A produção de "O Último Azul" é uma colaboração internacional, envolvendo a Desvia do Brasil e a Cinevinay do México, com coproduções de empresas do Chile, Países Baixos e distribuição pela Vitrine Filmes no Brasil. A produtora Rachel Daisy Ellis, conhecida por trabalhos como "Boi Neon", e Sandino Saravia Vinay, associado à aclamada produção "Roma" de Alfonso Cuarón, lideraram a produção, garantindo que o filme alcançasse seu potencial máximo.


"O Último Azul" segue os passos de outros filmes brasileiros que fizeram história na Berlinale, como "Central do Brasil" de Walter Salles e "Tropa de Elite" de José Padilha. A vitória de Mascaro reafirma a força e a criatividade do cinema brasileiro no cenário internacional, destacando a capacidade dos cineastas do país de contar histórias que ressoam globalmente.


Com previsão de estreia nos cinemas brasileiros ainda em 2025, "O Último Azul" promete continuar a encantar e provocar reflexões profundas em seu público. A combinação de uma narrativa poderosa, performances excepcionais e uma direção visionária faz deste filme uma obra-prima que certamente será lembrada por anos.


Em resumo, "O Último Azul" não é apenas um filme; é uma experiência cinematográfica que desafia e inspira, celebrando a diversidade e a resiliência humana. Gabriel Mascaro, com sua visão única, nos convida a embarcar em uma jornada que é tanto pessoal quanto universal, reafirmando o poder do cinema como uma forma de arte que transcende fronteiras.